sexta-feira, 26 de maio de 2006

A Atlântico, preço e JMA

Agora, no sítio do costume, adquiri, ou melhor trouxe para casa, a temporárias expensas do proprietário do estabelecimento, o n.º 15 da Revista Atlântico (Junho de 2006). Como sou rapaz honesto, que porém não gosta de ficar a dever – excepto aos Bancos – um cêntimo que seja, lá vim com a revista debaixo do braço sem pagar. Porquê?
A razão: os responsáveis pela composição gráfica de revista esqueceram-se de colocar na 1.ª página o preço da dita cuja. Eu bem fui dizendo que, a não ter ocorrido um aumento de preço inesperado, ela custaria 3 euros. Contudo, lá me vim embora com a promessa de amanhã lá voltar, após a verificação do preço nas guias de remessa.
Não sei se já o disse – e se o disse peço as minhas sinceras desculpas pela repetição – a
Revista Atlântico, apesar de “obscura”, lê-se muito bem; não só pela qualidade dos artigos que publica, mas também pelo grafismo e pela prosa de alto teor informativo e/ou opinativo que, embora sintética, é deveras pertinente e interessante.
Se é de direita, do centro ou da esquerda; se é opusdeica, laica ou maçónica; se é azul e branca, vermelha (encarnada), verde ou às risquinhas rosa fucsia; se é catalogada como possidónia, frugal, densa ou hermética, estou-me realmente nas tintas. Gosto de a ler e pronto [ponto].
Até ao momento em que redijo este enfadonho solilóquio ainda só tive tempo para ler dois artigos. O primeiro trecho merecedor da minha atenção foi o editorial do
Paulo Pinto Mascarenhas, que trata da polémica O Código Da Vinci vs. Opus Dei e do anúncio de um artigo de opinião do Director de Informação da Obra, Pedro Gil, que irei ler, mais tarde, com toda a minha ateística ponderação – pobre pai, com um filho desta estirpe, cuja cuidada e dispendiosa educação icarológica de nada serviu.
O segundo texto li-o com um sorriso de orelha a orelha, com laivos de um melífluo inebriamento na degustação final:

«Uma coisa é certa. Além de todas as razões para ter orgulho no Porto, sinto-me muito orgulhoso por o meu clube ser o maior de um Portugal democrático, pluralista e mais europeu.»
De João Marques de Almeida, “ F.C. Porto”, Revista Atlântico, n.º 15, Junho de 2006, p. 11.

Mais palavras para quê?

Nota: afinal há motivo para mais palavras, que surgiu na altura em que editava este texto para postar no meu blogue. O PPM já deu conta do estranho desaparecimento do preço da capa da revista. Quer-me parecer que foi culpa daquele senhor de cravo na dentadura e de punho cerrado que surge no canto inferior direito da 1.ª página.

1 comentário:

Anónimo disse...

Observatório da Jihad
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