Eram 15:35, estava em casa a trabalhar, batendo Cervantes nas teclas furiosamente, conjugando verbos, percorrendo o texto para nele encontrar o fio dos intrincados idiomatismos… Lusomundo, 15:40, Dolce Vita, Capote. Vesti o casaco, já recheado dos meus pertences essenciais para que a ausência me seja permitida e a volta assegurada sem sobressaltos.
15:47, sala 3, ouço Dusty Springfield a cantar “The Windmills of your Mind”, o sangue que me fervia vai arrefecendo assim que me sento no K-7 arrendado 2 minutos antes por 4 euros. Era ainda Neil Jordan e seu último “Breakfast on Pluto”.
Holcomb, Kansas, 15 de Novembro de 1959…
Havia prometido que, após o recordar da obra que lhe deu o mote, veria o filme. Assim foi, ontem à noite depois da minha frustração portista, ainda encrespado e em pleno estado de efervescência li de uma só vez a 4.ª parte, “O Canto” - para a ironia ser completa só faltava chamar-se "O Livre"!
O filme vale sobretudo pelo, quase sempre brilhante, Philip Seymour Hoffman. Recordei-me de imediato de filmes como Magnólia, Happiness, O Talentoso Mr. Ripley e o seu curto papel em O Dragão Vermelho, entre outros, que provam a polivalência deste actor em potência. Dá-me vontade de rir a co-nomeação de Heath Ledger pelo pobrezinho Brokeback Mountain…
Depois da leitura do “Romance de Não-Ficção” vi o seu making of transmutado em filme. Trata a busca desesperada de um conceituado autor para que a inexorável realidade consiga fazer terminar o seu romance, que acabou por se transformar no seu canto do cisne.
Apreciação a sangue frio: *** (bom)
15:47, sala 3, ouço Dusty Springfield a cantar “The Windmills of your Mind”, o sangue que me fervia vai arrefecendo assim que me sento no K-7 arrendado 2 minutos antes por 4 euros. Era ainda Neil Jordan e seu último “Breakfast on Pluto”.
Holcomb, Kansas, 15 de Novembro de 1959…
Havia prometido que, após o recordar da obra que lhe deu o mote, veria o filme. Assim foi, ontem à noite depois da minha frustração portista, ainda encrespado e em pleno estado de efervescência li de uma só vez a 4.ª parte, “O Canto” - para a ironia ser completa só faltava chamar-se "O Livre"!
O filme vale sobretudo pelo, quase sempre brilhante, Philip Seymour Hoffman. Recordei-me de imediato de filmes como Magnólia, Happiness, O Talentoso Mr. Ripley e o seu curto papel em O Dragão Vermelho, entre outros, que provam a polivalência deste actor em potência. Dá-me vontade de rir a co-nomeação de Heath Ledger pelo pobrezinho Brokeback Mountain…
Depois da leitura do “Romance de Não-Ficção” vi o seu making of transmutado em filme. Trata a busca desesperada de um conceituado autor para que a inexorável realidade consiga fazer terminar o seu romance, que acabou por se transformar no seu canto do cisne.
Apreciação a sangue frio: *** (bom)
PS – Catherine Keener tem uma excelente participação no papel da romancista norte-americana Harper Lee, vencedora do Pulitzer em 1960 pelo seu romance To Kill a Mockingbird – traduzido para português como “Não matem a cotovia”. Em 1962, o realizador Robert Mulligan levou-o a cinema, contando com a magistral interpretação de Gregory Peck que lhe valeu um Oscar® para melhor actor em 1963 – em Portugal o filme intitula-se por “Na sombra e no silêncio”.
Sem comentários:
Enviar um comentário