domingo, 26 de fevereiro de 2006

D. Pombinha, a perversa

O clube que se afirmou em tempos como o defensor da moral e dos bons costumes – devido às putativas relações extraconjugais de Pinto da Costa, levando FJV a cognominá-lo por “O Clube da D. Pombinha” –, impediu a entrada no relvado do JNPC alegando que não era delegado ao jogo.
No ano passado o clube da ética futebolística fez algo de pior e que poderia ter culminado numa tragédia: aquartelou cerca de 3.500 adeptos portistas num espaço que apenas comportava 1.000 espectadores.
A imprensa manteve-se calada num silêncio ensurdecedor que tresandava a compadrio ou a repentina cegueira aguda. Nos dias seguintes jamais se falou no assunto. Porém, o famoso Guarda Abel continua na berlinda decorridos 12 anos, esquecendo-se a vergonhosa arbitragem de Carlos Valente e o seu futuro promissor quando arrumou, em definitivo, as botas e o apito.
A D. Pombinha é maquiavélica e perversa. É uma papa-hóstias que bate recorrentemente com a mão no peito pedindo perdão pelos ímpios que pecam; contudo, é a que logo se prontifica a arremessar a primeira pedra quando a sua imaculada moral de fundo de sacristia poderá se posta em causa.

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