domingo, 19 de fevereiro de 2006

Lévy treplica

Bernard-Henry LévyPelas bandas do New York Times continua animada a discussão sobre o livro de Bernard-Henri Lévy “American Vertigo: Traveling America in the Footsteps of Tocqueville”. Ver em primeiro lugar a crítica de Garrison Keillor, depois a de William Grimes e a seguir carta de hoje do inefável e sobranceiro escritor ao NYT.
É uma novela para continuar a acompanhar, sem que ainda se vislumbre a possibilidade de uma definição correcta do número de episódios e muito menos o modo de conclusão da trama: final feliz, tragédia, comédia ou então uma profunda abstracção, com resquícios metafísicos, que concederá ao leitor a liberdade de escolha para a concepção do desejado epílogo.
Porém, ao ler a
carta de Lévy, verifiquei que existiam outras cartas à redacção que dissertavam sobre esta polémica, entre as quais houve uma que, desde logo, me saltou à vista, dada a minha condição de fundamentalista pelo meu eterno Ol’ Blue Eyes, The Voice, ou The Chairman of the Board: FRANK SINATRA.
A
carta, de poucas linhas, é de Kitty Kelley, a famosa jornalista que nos anos 80 escreveu uma biografia não autorizada sobre o REI, publicada em Portugal pela Dom Quixote, em Dezembro de 1987, sob o nome de “His Way: a biografia não autorizada de Frank Sinatra”.
Sinatra recorreu aos tribunais para impedir a publicação desta biografia, mas mais tarde retirou-a, tendo percebido que o seu acto contribuiu fatalmente para tornar o livro um estrondoso bestseller.
Insondáveis são os caminhos do Senhor, no caso que abriu este texto, a guerra sem quartel lançada pelos críticos do
NYT a Lévy, gerou uma corrida furiosa à compra do livro.

Enfim, cenas do admirável mundo actual! É simplesmente o mercado a corresponder quando a estratégia de marketing funciona!

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