Incisivo e certeiro são os atributos do pequeno remoque publicado pelo jornalista José Manuel Ribeiro do jornal O Jogo a propósito da vinda ao Estádio do Dragão dos sexagenários Rolling Stones:
«SEM PEDIR NADA
FC Porto dá música a Rui Rio
Os "Rolling Stones" no Dragão para descentralizar a música. Lá está o FC Porto a fazer outra vez o que Rui Rio não consegue, não quer ou não sabe como: pôr a cidade no mapa. Agora sem Mourinho.»
Porém, em 9 de Outubro de 2005 os portuenses – tal como eu – puderam escolher livremente o Presidente da Câmara para o próximo quadriénio. Ganhou Rui Rio ajudado por Sócrates porque, em primeiro lugar, não soube ou não quis escolher alguém que sentisse a cidade como sua e que, em simultâneo, demonstrasse uma vontade inequívoca de relançar o nome – ou a já denominada marca “Porto” – nos contextos nacional e internacional; depois, em segundo lugar, as medidas de austeridade anunciadas conduziram a um voto de protesto por aqueles que, nos últimos anos, no panorama nacional, mais sofreram com o centralismo feroz e aniquilador da região de Lisboa e Vale do Tejo, transformando o Porto, outrora o centro das grandes empresas e o símbolo do apego pelo trabalho, numa cidade deprimida, descaracterizada e sombria, assolada por rendimentos per capita dignos de uma cidade de pequena dimensão e por taxas de desemprego, assustadoramente, acima da média nacional.
Resultado:
Viveremos mais quatro anos de retrocesso, governados por um Presidente de Câmara sem visão estratégica para a cidade, sem vistas largas, gerindo a outrora 2.ª cidade mais populosa do país como uma mera mercearia da esquina.
Este Rio tem vindo a transformar esta cidade num mísero ribeiro que, a continuar neste ritmo, passará, velozmente, a um pútrido charco e se transmutará num deserto onde não se vislumbrará vivalma ou nem sequer um pequeno oásis de esperança nos tempos mais próximos.
Resultado:
Viveremos mais quatro anos de retrocesso, governados por um Presidente de Câmara sem visão estratégica para a cidade, sem vistas largas, gerindo a outrora 2.ª cidade mais populosa do país como uma mera mercearia da esquina.
Este Rio tem vindo a transformar esta cidade num mísero ribeiro que, a continuar neste ritmo, passará, velozmente, a um pútrido charco e se transmutará num deserto onde não se vislumbrará vivalma ou nem sequer um pequeno oásis de esperança nos tempos mais próximos.
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