Para ser sincero, já há muito tempo que não despendo os meus parcos recursos financeiros na compra da revista balsomónica Visão.
Como no nosso mundo, quer se queira ou não, o dinheiro é um recurso escasso, optei por ir lendo outros jornais e revistas que possuem uma qualidade superior para excitar as minhas ondas cerebrais, por recurso ao meu, felizmente, saudável nervo óptico.
Assim, para minha desgraça – fazendo fé neste texto do BlogCafé – perdi mais uma Mega prosápia do António – da mesma magnitude que a soberba – Ferreira.
Então, segundo o BlogCafé, AMF discorre na sua crónica – creio que quinzenal, alternando, ironicamente, com o Grande Mestre Lobo Antunes – sobre a sacrílega apropriação de Mozart pelas massas – que horror:
Como no nosso mundo, quer se queira ou não, o dinheiro é um recurso escasso, optei por ir lendo outros jornais e revistas que possuem uma qualidade superior para excitar as minhas ondas cerebrais, por recurso ao meu, felizmente, saudável nervo óptico.
Assim, para minha desgraça – fazendo fé neste texto do BlogCafé – perdi mais uma Mega prosápia do António – da mesma magnitude que a soberba – Ferreira.
Então, segundo o BlogCafé, AMF discorre na sua crónica – creio que quinzenal, alternando, ironicamente, com o Grande Mestre Lobo Antunes – sobre a sacrílega apropriação de Mozart pelas massas – que horror:
«De resto, a generalidade da imprensa dedicou generoso espaço ao Geburtstag do nosso compositor e todos, em uníssono, ameaçam fazer do “Ano Mozart” um cortejo infindável de edições, celebrações, eventos, citações e homenagens que correm o risco de provocar uma autêntica indigestão cultural. Numa palavra: Mozart pode transformar-se, também em Portugal, naquilo que já é em muitos países - um produto kitsh.»
Após a leitura destas doutas linhas de sapiente e legítima indignação, recordei-me de uma célebre frase de Banville – que ele reporta como um aforismo – no seu excepcional livro de 1997 “The Untouchable”, traduzido para a nossa língua por Helena e Artur Ramos sob o nome “O Intocável” e publicado em 1998 pela Dom Quixote:
«Aforismo: o Kitsch é para a Arte o que a Física é para a Matemática: a sua tecnologia.»
Já que actualmente muito se discute a “liberdade de expressão”, eu proponho que se extinga a livre escolha dos gostos artísticos, por exemplo punindo severa e exemplarmente os difusores da música de Mozart, ou então, que se parta para uma profunda reflexão, como Banville também refere no mesmo livro, sobre a «Teoria do Declínio da Arte Sob o Domínio dos Valores Burgueses».
Valha-nos… Mega!
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