segunda-feira, 23 de janeiro de 2006

Umas décimas!?

Tal como havia previsto aqui, Cavaco Silva teve a votação esperada – enganei-me, apenas, por 2 décimas.
Trata-se do primeiro Presidente da República eleito pelo espectro político do Centro e da Direita desde o 25 de Abril de 1974.
A vitória foi a todos os títulos esmagadora, obtendo uma percentagem de votos de 50,6% e um número total de votos de 2.745.491 – note-se que ainda falta o escrutínio dos residentes no estrangeiro e de 2 freguesias pouco representativas em termos nacionais.
As diferenças do número total de votos para os outros candidatos cifraram-se em:

  • Para Manuel Alegre - 1.620.829 votos, ou seja, 32 lotações esgotadas no Estádio do Dragão, que daria para 1,9 épocas da Superliga de estádio cheio;
  • Para Mário Soares - 1.967.102 votos, ou seja, 39 lotações esgotadas no Estádio do Dragão, que daria para 2,3 épocas da Superliga de estádio cheio;
  • Para Jerónimo de Sousa - 2.279.063 votos, ou seja, 45 lotações esgotadas no Estádio do Dragão, que daria para 2,6 épocas da Superliga de estádio cheio;
  • Para Francisco Louçã - 2.457.267 votos, ou seja, 48 lotações esgotadas no Estádio do Dragão, que daria para 2,8 épocas da Superliga de estádio cheio;
  • Para Garcia Pereira - 2.721.841 votos, ou seja, 53 lotações esgotadas no Estádio do Dragão, que daria para 3,1 épocas da Superliga de estádio cheio.

Nota: cálculos efectuados tendo em conta que o Estádio do Dragão tem uma lotação máxima de 51.000 lugares e que se disputam 17 jogos em casa para a Superliga por época, apesar de no próximo ano se disputarem apenas 15 jogos em casa.

A diferença dos votos em Cavaco para o somatório dos votos de todos os outros candidatos é de 64.138, o que daria para 1 jogo de lotação esgotada no Estádio do Dragão e mais um jogo com 13.138 espectadores – o que não é mau para a média de assistentes aos jogos da Superliga portuguesa.
Logo, a questão não foi de décimas, sejamos sinceros e honestos! Por 6 décimas Cavaco não seria eleito à 1.ª volta, porém há alguém de bom senso que garanta que não seria eleito à 2.ª com uma margem ainda mais substancial? Só recorrendo à Maya, à Candeias ou então à “Pomba Gira” Linda Reis.
Será que uma diferença de 1.620.829 votos para o 2.º candidato mais votado (29,9 pontos percentuais dos votos validamente expressos) não é um resultado esmagador?

Só a título informativo, Cavaco, ontem, obteve mais 172.085 votos que Sócrates nas legislativas de 2005…


Nota: Os dados sobre o número e a percentagem de votos foram retirados do STAPE.

2 comentários:

Anónimo disse...

Não era a vitória do homem que estava em causa, mas a possibilidade de ganhar, ou não, à primeira volta. Ganhou por uma diferença substancial em relação ao segundo mais votado, isso ninguém pode questionar. Mas lá que era engraçado se houvesse segunda volta, lá isso era.
Abraços.

Anónimo disse...

O Dragão "engole" assim tanta gente?