O início do mega julgamento sobre a gigantesca fraude ocorrida na empresa de gás e electricidade norte-americana Enron. Este caso é já designado, tanto pela opinião pública e, mais em concreto, nos meios empresariais, sob título de “pai dos crimes de colarinho branco”, ou até "avô".
«Most people in the white-collar world would agree that Enron is the granddaddy
of all frauds in the last two decades».
Kurt Eichenwald, “Big Test Looms for Prosecutors at Enron Trial”, NYT
Os principais arguidos são Jeffrey Skilling – foi presidente do conselho de administração, COO e CEO – e Kenneth Lay – foi CEO e considerado como a principal figura e o grande obreiro da empresa e do escândalo.
Como sempre, neste tipo de crimes, assistiremos a um verdadeiro combate entre David e Golias, de um lado o Ministério Público – a acusação – e do outro – a defesa – um batalhão de advogados que representa os escritórios de topo da advocacia norte-americana.
O artigo de hoje do NYT dá conta disso mesmo.
Para o nosso país são vários os avisos, tanto numa dimensão estrita referente à condução da política de justiça – tão em voga ultimamente –, como numa dimensão ampla dadas as consequências gravosas da fraude nos domínios social, económico e financeiro, principalmente no necessário sentido de ponderação e na focalização para eficácia na implementação e no funcionamento das futuras soluções que garantam a sustentabilidade da Segurança Social.
Caso para acompanhar nos próximos meses.
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