Actualmente, neste país revelou-se como desnecessário – e em abono da verdade até extemporâneo – continuar a pedir ao vento que passa notícias sobre a esperada revolução no grau de informalidade – adoro este eufemismo porteriano! – nas vertentes política, económica e social. Ora, decorridos 30 anos, o vento subsiste na omissão e no obscurecimento da desgraça e continua a nada nos dizer!
Hoje, ao abrir o Diário Económico na secção “Universidades” fiquei completamente estarrecido quando li que «Negócios imobiliários são saída para crise das privadas».
Ora, eu representando o papel do Zé – “Zé” significa cidadão comum desde que Durão Barroso subiu ao poder – disse para os meus botões:
- «Universidades, bancos e imobiliárias!?» – fase exclamativo-interrogativa.
- «Não, não pode ser!» – fase da negação.
- «Oh! Atoardas! Então se fosse verdade o Ministério da Ciência e do Ensino Superior não interviria?» – fase da solidificação da negação em plena transição para a fase da estupidificação.
- «E isso da Polícia Judiciária e do Ministério Público só pode ser mentira!» – fase da plena assumpção, embora inconsciente, da categoria de crente, idiota e medíocre.
- «Ou a ser verdade é uma calúnia, que facilmente se extravasará para o campo da cabala!» – fase da auto-toupeirização, normalmente seguida das fases de características bíblicas (a) da traição de Judas Iscariotes, (b) da crucificação da verdade e (c) da falácia dubitativa de S. Tomé.
- «E se for? Bem, desde que não me afecte… Talvez até possa daí tirar alguns proventos! Quem sabe?» – fase de transmutação plena em "réptil do regime", que, facilmente, se poderá estender à da metamorfose em insecto – portanto, em anódino invertebrado.
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