Enquanto neste país se continua com as estéreis discussões metafísicas e teleológicas sobre a eterna luta Esquerda vs. Direita, Espanha vai crescendo e desenvolvendo-se, com apenas quatro Governos – Suárez, González, Aznar e Zapatero – na era pós-franquista.
Enquanto dispusermos de centrais sindicais fortemente incrustadas da linha ideológica de partidos políticos, que constantemente inviabilizam o diálogo social dentro das empresas e inquinam as relações industriais agravados pela forte apetência pelo poder – uma falência é-lhes mais rentável; enquanto possuirmos empresários cristalizados ao fordismo e ao taylorismo, onde o capital é concebido como um imóvel que não deverá ser partilhado e não como um meio de criação de riqueza para uma comunidade que potenciará os proventos futuros se inserida numa troca simbiótica de conhecimentos; Portugal continuará a olhar paralisado, inactivo, boquiaberto e estupidificado para a ascensão meteórica de países como Espanha, a Grécia e a Irlanda – quem sabe, não se lhe juntarão a Eslovénia, a República Checa, Malta e a Hungria – que só com uma potente lente Carl Zeiss – made in Portugal, de capacidade de zoom óptico ainda não alcançada pela tecnologia recente –, poderemos vislumbrá-los.
Por isso rio-me com vontade, invadindo-me um paradoxal sentimento de pena/escárnio, com as expressões recalcadas e fatalistas de Boaventura, afortunadamente reproduzidas no blogue O Acidental por Pedro Marques Lopes, sobre a ostentosa presença de Ferraris e Porsches em Portugal.
Boaventura não deverá conhecer a vizinha Espanha, e mais concretamente a Região Autónoma de Madrid: Jaguares, Porsches, Audis, Mercedes, BMW, Lexus e Jeeps; assim como os topos de gama da Volkswagen, Peugeot, Opel, etc.; todos com cilindradas acima dos 2,5 litros.Pois é, não consta que alguém se queixe numa incontida raiva envidiosa sobre a qualidade da frota automóvel que circula nesse país, porque – para além de um IA notoriamente mais baixo e justo, que incide sobre a potência e não sobre a cilindrada – em Espanha o salário mínimo nacional é de 513 euros mensais e estima-se que, em 2005, o salário médio ande muito próximo dos 1.500 euros mensais.
Enquanto dispusermos de centrais sindicais fortemente incrustadas da linha ideológica de partidos políticos, que constantemente inviabilizam o diálogo social dentro das empresas e inquinam as relações industriais agravados pela forte apetência pelo poder – uma falência é-lhes mais rentável; enquanto possuirmos empresários cristalizados ao fordismo e ao taylorismo, onde o capital é concebido como um imóvel que não deverá ser partilhado e não como um meio de criação de riqueza para uma comunidade que potenciará os proventos futuros se inserida numa troca simbiótica de conhecimentos; Portugal continuará a olhar paralisado, inactivo, boquiaberto e estupidificado para a ascensão meteórica de países como Espanha, a Grécia e a Irlanda – quem sabe, não se lhe juntarão a Eslovénia, a República Checa, Malta e a Hungria – que só com uma potente lente Carl Zeiss – made in Portugal, de capacidade de zoom óptico ainda não alcançada pela tecnologia recente –, poderemos vislumbrá-los.
Por isso rio-me com vontade, invadindo-me um paradoxal sentimento de pena/escárnio, com as expressões recalcadas e fatalistas de Boaventura, afortunadamente reproduzidas no blogue O Acidental por Pedro Marques Lopes, sobre a ostentosa presença de Ferraris e Porsches em Portugal.
Boaventura não deverá conhecer a vizinha Espanha, e mais concretamente a Região Autónoma de Madrid: Jaguares, Porsches, Audis, Mercedes, BMW, Lexus e Jeeps; assim como os topos de gama da Volkswagen, Peugeot, Opel, etc.; todos com cilindradas acima dos 2,5 litros.Pois é, não consta que alguém se queixe numa incontida raiva envidiosa sobre a qualidade da frota automóvel que circula nesse país, porque – para além de um IA notoriamente mais baixo e justo, que incide sobre a potência e não sobre a cilindrada – em Espanha o salário mínimo nacional é de 513 euros mensais e estima-se que, em 2005, o salário médio ande muito próximo dos 1.500 euros mensais.
Zuenir Ventura, no seu livro «Inveja: Mal Secreto», cita A Cabala da Inveja de Nilton Bonder, referindo-se à tradição judaica:
«Invejar é pior que morrer».
1 comentário:
Como dizia, ou diz, o Miguel Sousa Tavares, "a inveja é a arma dos incompetentes".
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