Desta feita, chamo a devida atenção para este texto de José Pimentel Teixeira sobre a celebração ou não da tragédia com cinco séculos e meio de história, 19 de Abril de 1506, o tristemente célebre pogrom, onde milhares de judeus foram barbaramente assassinados no Rossio, sobre os auspícios do reinado de el-Rei D. Manuel I, o venturoso.
Por manifesta preguiça, irei apenas fazer copy & paste do meu comentário inserido no texto do Ma-schamba.
«Excelente texto JPT!
Subscrevo-o na íntegra!
Este tipo de iniciativas, levadas a cabo volvidos séculos após o acontecimento, faz-me uma certa confusão!
Que o D. Manuel I, como chefe supremo da nação, fosse um celerado e que se o demonstre à saciedade para que a História dos pogrom não seja branqueada, concordo – já que ela figura sempre na óptica do vencedor.
Agora, vigílias, velinhas, cânticos e concentrações por acontecimentos históricos seculares – não falo, por exemplo, deste tipo de iniciativas nos casos de injustiças que ocorrem na actualidade por esse mundo fora – provocam normalmente mais ruído do que esclarecimento; são simples desvarios estrídulos sem que se consiga alcançar o objectivo pretendido, uma vez que há a conotação com radicalismos que acaba por afastar os moderados.
Agora, que se publiquem livros, que se promovam debates, que sejam alertados os meios de comunicação social para que se refiram a este tipo de acontecimentos, é outro tipo de manifestação completamente diferente, com o qual concordo – aliás como fez o Nuno Guerreiro através do seu alerta na blogosfera!
A este propósito deixo aqui uma sugestão, ao estilo MRS: «O Último Cabalista de Lisboa», Richard Zimler. Lisboa: Quetzal Editores (eu disponho da 9.ª edição, que é de Maio de 2004, mas não existe a referência à data de publicação da 1.ª).»Postado no Ma-Schamba, hoje, 10 de Abril de 2006, às 17 horas e 31 minutos, hora de Lisboa.
Nota: os procedimentos de montagem do comentário – ligações, destaques, itálicos – e eventuais correcções, foram realizados apenas neste blogue.
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