Basta fazer uma pequena prospecção pelos blogues nacionais, para verificar que alguns já se anteciparam às habituais listas de final do ano.
Por aqui, como tem sido hábito, divulgarei aqueles que, na minha mui íntima opinião pessoal, de acordo com os meus princípios artísticos e técnicos, atendendo sobretudo aos meus valores estéticos, nunca negligenciando as questões éticas ligadas ao fenómeno artístico, se distinguiram nas três áreas que preenchem, quase por completo, a minha sede insaciável por arte: Literatura, Cinema e Música.
No que diz respeito à literatura, as novidades – ou as eventuais surpresas – para quem me lê são escassas, uma vez que desde o início do ano (neste caso, o de 2008) figura na coluna do lado direito deste blogue um conjunto de livros lidos, editados e traduzidos em Portugal durante o corrente ano, organizados por nota de apreciação literária. A tarefa mais árdua consiste em dar-lhes uma ordem e escolher apenas dez entre os que se distribuem pelas categorias “obra-prima” e “muito bom” (6 e 5 estrelas, respectivamente).
No caso da música, o grau de insondabilidade é maior, dadas as curtas referências que a ela faço no decurso do ano, para além de existir uma jukebox sempre activa neste blogue, na medida em que, desde que me conheço, a volatilidade das preferências é extremamente alta: um disco idolatrado durante dez, quinze, vinte dias pode facilmente passar à categoria dos “odiados”, não só devido ao enjoo produzido pela repetição, como também por algum refinamento que a audição aturada produz.
Finalmente, na 7.ª arte, algumas das minhas preferências vão sendo aqui reveladas em textos escritos ao longo do ano – neste caso, filmes estreados em salas de cinema portuguesas em 2008. Apesar de dar um grande destaque aos meus ódios fílmicos depois de, penosamente, ter assistido à sua projecção no grande ecrã, também escrevi textos encomiásticos e de profunda admiração por determinada obra cinematográfica que acabara de assistir: surpresas, novidades e confirmações de talento.
Tendo iniciado a análise metódica de todos os filmes estreados em 2008 em Portugal – processo que foi explicado aqui, uma vez que não mantenho um ficheiro actualizado sobre os filmes que vou vendo e a sua nota de apreciação pessoal, como faço com os livros que vou lendo –, alcancei, por fim, a fase da última triagem, ou seja, consegui, através de algumas filtragens, chegar a uma listagem final… ou melhor duas (atendendo ao critério “produzido/não produzido nos Estados Unidos”).
Por enquanto, de acordo com o trabalho realizado, posso divulgar os seguintes dados:
- Total de filmes vistos: 69;
- Filmes anódinos ou indiferentes (sem separação do país de origem de produção): 19;
- Filmes de produção americana: 34 (Bons ou Muito Bons: 15; Medíocres: 19)
- Filmes de produção não americana: 16 (Bons ou Muito Bons: 12; Medíocres: 4)
Fase em que me encontro neste momento (a tal que precede a última triagem):
- Total de filmes passíveis de integrar a lista dos “10 Melhores Filmes de 2008”: 17;
- Americanos: 9/15;
- Não Americanos: 8/12 (4 franceses, 2 italianos, 1 britânico, 1 turco/alemão/italiano).
A lista definitiva dos “10+” será apresentada num dos dias do intervalo fechado de 28 a 31 de Dezembro. Até lá, que venha o diabo e escolha… Aceitam-se apostas.
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