domingo, 14 de dezembro de 2008

Ficção

«Mas não será o nosso coeficiente de dor suficientemente chocante sem a amplificação ficcional, sem dar às coisas uma intensidade que na vida real é efémera e por vezes até invisível? Para alguns, não. Para outros, poucos, muito poucos, essa amplificação, que se desenvolve hesitante a partir do nada, constitui a única segurança, e a vida não vivida, a vida conjecturada, minuciosamente passada ao papel, é aquela que acaba por ser a mais importante.»
Philip Roth, O Fantasma Sai de Cena, p. 145
[Lisboa: Dom Quixote, 1.ª edição, Novembro de 2008, 285 pp.; tradução de Francisco Agarez; obra original: Exit Ghost, 2007]

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