quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

NYFCC Awards 2008

Dando continuidade à política deste blogue de divulgação dos prémios mais importantes atribuídos a obras cinematográficas, que normalmente ocorre entre o fim de cada ano civil (ano de produção do filme) e os dois primeiros meses do ano seguinte, seria incontornável não referir os eleitos da associação de críticos de cinema de publicações sediadas em Nova Iorque, ou seja, os prémios anuais da New York Film Critics Circle, que inclui críticos de publicações tão emblemáticas como o The New York Times, The Wall Street Journal, as revistas The New Yorker, The New York Magazine, Esquire, Time, The Nation, Newsweek e até as publicações electrónicas como a Slate ou a Salon.

Dos prémios, sem grandes novidades relativamente aos seus predecessores, o destaque vai, em primeiro lugar para o grande vencedor, Milk de Gus Van Sant (3 prémios). Filme que narra a história verídica de Harvey Milk (1930-1978), o primeiro político assumidamente gay a ser eleito para um cargo público no Estado da Califórnia, assassinado um ano depois.

Outro dos destaques vai para o prémio para o melhor argumento atribuído a Jenny Lumet, filha do Sidney Lumet – reforçando a máxima popular do “filho de peixe…” –, escrito de raiz para o último filme de Jonathan Demme, com estreia marcada em Portugal para Fevereiro.
De estranhar o desfasamento cronológico do vencedor na categoria de melhor filme estrangeiro, do romeno Cristian Mungiu (filme de 2007), vencedor da Palma de Ouro em Cannes em 2007, nomeado para o Globo de Ouro do ano passado.
[Pequena nota de congratulação: nada de morcegos em collants e premiação dos choques toxicológicos…]

Sem mais delongas, os vencedores de 2008 (excluídas duas ou três categorias menos mediáticas) são:

  • Melhor Filme: Milk, de Gus Van Sant;
  • Melhor Realizador: Mike Leigh, por Happy-Go-Lucky;
  • Melhor Actor: Sean Penn, em Milk (Gus Van Sant);
  • Melhor Actriz: Sally Hawkins, em Happy-Go-Lucky (de Mike Leigh);
  • Melhor Argumento: Jenny Lumet, por O Casamento de Rachel (Rachel Getting Married; de Jonathan Demme);
  • Melhor Filme Estrangeiro: 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias (4 luni, 3 saptamâni si 2 zile/4 Months, 3 Weeks and 2 Days), de Cristian Mungiu – Roménia;
  • Melhor Filme de Animação: WALL-E, de Andrew Stanton;
  • Melhor Actor Secundário: Josh Brolin, em Milk (de Gus Van Sant);
  • Melhor Actriz Secundária: Penélope Cruz, em Vicky Cristina Barcelona (de Woody Allen);
  • Melhor Primeiro Filme: Frozen River, de Courtney Hunt.

Nota: com os anúncios para breve dos Satellite Awards e mais tarde (previsto para a 1.ª semana de Janeiro) dos prémios da prestigiada National Society of Film Critics, para além dos prémios atribuídos pelas diversas associações de classe aos seus pares (actores, argumentistas, directores de fotografia, editores/montagem e realizadores), focar-nos-emos, a título informativo e para evitar a dispersão (e, porque não, o período de servidão deste blogger), nos Globos de Ouro, BAFTA e Óscares (por ordem cronológica da data de nomeação e de atribuição dos prémios, que termina no dia 22 de Fevereiro no Kodak Theatre em Hollywood com a 81.ª sessão de entrega dos Óscares da Academia das Artes e das Ciências Cinematográficas de Hollywood.)

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