terça-feira, 27 de junho de 2006

Trinta e Um

Número da desordem que nunca foi tua no teu modo circunspecto de encarar a vida.
Ficaste-te pelos vinte e sete, tal como este dia que me marca como um espinho pungente que se atravessa na minha garganta. Houve muito por dizer, houve muito mais por partilhar. Pretendia aqui verbalizar ainda mais, mas não posso, não quero, não devo.
O acaso revelou-se neste estranho acidente, o teu signo, nome de trópico dado pela constelação na qual o Sol se embutiu no dia em que nasceu o solstício de Verão, possui o lúgubre rótulo da moléstia que te levou em definitivo para nenhures, para bem longe de mim. Porém, e tu sabes tão bem, compartilhas a minha realidade quotidiana pela eterna saudade que se engastou na minha consciência.
Há quatro anos… mano!

Sickness brought me this
Thought, in that scale of his:
Why should I be dismayed
Though flame had burned the whole
World, as it were a coal,
Now I have seen it weighed
Against a soul?

W.B. Yeats, “A Friend’s Illness”, Responsibilities and other poems, 1916

5 comentários:

Anónimo disse...

Um abraço do tamanho da tua saudade, amigo.

Anónimo disse...

Ele jamais te deixará.

Anónimo disse...

Obrigado, meus queridos amigos!

Anónimo disse...

Palavra nenhuma pode silenciar uma dor assim.

Beijinho.

Anónimo disse...

Obrigado, Fátima!
Beijinhos