sexta-feira, 2 de junho de 2006

Mal-entendidos

Sidney Lumet's Dog Day AfternoonDepois do defecol canino inaugurado pelo inefável Rui Rio na Praça Mouzinho de Albuquerque – a.k.a. Rotunda da Boavista – com toda a pompa e circunstância – decerto por uma curiosidade escatológica, já que, nos últimos anos, matéria-prima não tem faltado no concelho do Porto –, o grupo parlamentar do PSD parece querer instituir o dia do cão.
Ora, o verdadeiro problema reside na vertente comunicacional, uma vez que a instituição do dia nacional do cão deverá ter o real e nobre objectivo de promoção do estudo e do debate escatológico. A invenção do defecol – denominado por ecocão – foi apenas o sinal, embora hermético e imbuído de um verdadeiro espírito iniciático.
O defecol é na realidade um poiómetro, um mero instrumento de trabalho, um fornecedor da matéria-prima para o trabalho de campo, um estudo empírico de suporte ao tratado (logos) sobre os excrementos (skatós).
O que fariam os vulcanólogos num país sem vulcões? Ou os oceanógrafos e os oceanológos num país sem orla marítima?
Por que não escatologistas em Portugal?
Por outro lado, o que tem vindo a representar para nós, portugueses, cada um dos 365 dias por ano vividos em Portugal?
Como percebo Lumet e Pacino

Nota: O FJV abriu um concurso público na blogosfera para o preenchimento temático dos restantes dias. É só visitar o edital e comentar!

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