E assim vamos vivendo, muitas vezes dominados por uma emoção instantânea, outras vezes detidos por uma racionalidade anquilosada e paralisante, mas felizmente a vida demonstra-nos que, a despeito do nosso comportamento errático, tão humano, tão sofredoramente humano, tudo tende para um equilíbrio, mais ou menos frágil, íntimo, subjectivo, intransmissível. Sem esse equilíbrio... o vazio, caminharíamos fatalmente para a autodestruição, independentemente dos seus danos colaterais – dispenso-me às demais considerações que entrariam num ápice nos campos da psicologia e da sociologia, e nos seus corolários interdisciplinares.
A tomada de uma decisão implica sempre um custo de oportunidade. Seja ele qual for, há sempre uma perda, mensurável de inúmeras maneiras, compensável ou não pelos frutos da escolha no momento inicial. Claro que há correcções que podem obviar o sentimento de perda irreparável, mas jamais voltaremos ao ponto de partida, mesmo que nos convençamos que de facto é possível uma retroactividade plena, desfazer aquilo que foi feito e partir do zero.
Nunca mais voltaremos a partir do zero, «Para sempre está perdido / O que mais do que tudo procuraste / A plenitude de cada presença.» (Sophia).
Foi esta a decisão. Por mais estúpida e mais insignificante que possa parecer… estamos no domínio das aparências, porventura esconder-se-á algo de mais elevado, uma necessidade de rumo ou de mudança… outros valores se levantam.
Porém, ali ao lado, o tempo escoa-se, e, apesar da altura da fasquia, a manutenção do estado em que as coisas estão não é de todo impossível.
A tomada de uma decisão implica sempre um custo de oportunidade. Seja ele qual for, há sempre uma perda, mensurável de inúmeras maneiras, compensável ou não pelos frutos da escolha no momento inicial. Claro que há correcções que podem obviar o sentimento de perda irreparável, mas jamais voltaremos ao ponto de partida, mesmo que nos convençamos que de facto é possível uma retroactividade plena, desfazer aquilo que foi feito e partir do zero.
Nunca mais voltaremos a partir do zero, «Para sempre está perdido / O que mais do que tudo procuraste / A plenitude de cada presença.» (Sophia).
Foi esta a decisão. Por mais estúpida e mais insignificante que possa parecer… estamos no domínio das aparências, porventura esconder-se-á algo de mais elevado, uma necessidade de rumo ou de mudança… outros valores se levantam.
Porém, ali ao lado, o tempo escoa-se, e, apesar da altura da fasquia, a manutenção do estado em que as coisas estão não é de todo impossível.
3 comentários:
deixa-te de coisas e prepara já outro inquérito para depois do actual. não vou falar muito sobre o actual, até porque no anterior saiu-me o tiro pela não sei quê... agora votei scorsese, mas o eastwood vai à frente. isto de ser do sporting habitua-nos às derrotas. mudando de tema. no final do mês vou ao fantas. fico uns dias pela invicta. será que é desta que vamos beber um copo?
Avisa quando vieres, sabes que vou estando por cá ou por Espanha (as bombas só rebentam quando eu ando por cá :)) Sorte de portuga...
Quanto à decisão, são as emoções à flor da pele... já me conheces.
Na quinta-feira passada fui ao Corte Inglés e passei pela secção de divulgação cultural, ia ser apresentado o teu livro, mas eram 5 e meia e a apresentação era às 7 e meia e não pude ficar. Estiveste por lá? Apesar de ser uma antologia organizada por ti, não vi o teu nome no cartaz (aliás nem o teu, nem o de ninguém).
não é uma antologia organizada por mim. eu só escrevi o prefácio. quem organizou foi a inês ramos, do weblog porosidade etérea. e não, não estive lá. sempre que posso não estou :)
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