Creio que a tal regra foi sendo cabalmente cumprida, com algumas excepções que podem ter-se ficado a dever a razões de vária ordem:
- O cada vez mais ineficaz Technorati não capta todos os blogues que aqui se vão ligando;
- A eliminação, pura e simples, de ligações a sítios racistas, xenófobos, sexistas e homófobos, de seitas religiosas e/ou esotéricas, de cilício ou de avental, e de blogues onde é manifesta a intolerância pela opinião alheia;
- Os deslincadores (uma das piores estirpes blogueiras) sem aparente razão objectiva que justifique a acção de deslincar (exemplos de algumas razões compreensíveis e objectivas: redução das ligações ao mínimo indispensável, aos blogues mais visitados ou abolição, pura e simples, de hiperligações a outros blogues), ou se meramente subjectiva e pessoal sem que haja da contraparte qualquer tipo de explicação, são permanente e liminarmente eliminados;
- Apenas são incluídos no meu rol de hiperligações os blogues que reputo pertencer ao submundo, ou seja, 99% dos blogues nacionais; os restantes blogues, os de incomensurável qualidade ditada pelo crivo pachequista (nem merece que se lhe atribua o habitual sufixo “-iano”), ou seja, os tais etéreos e democráticos, os que possam pertencer à escassíssima margem de 1%, são liminarmente retirados devido ao abrupto e prestimoso auxílio da ferramenta Upperworld Detector, mais conhecido por “caçador de torres de marfim” (entre a enormidade de funções de detecção, entra em acção bloqueadora, por exemplo, se captar o uso reiterado de frases e expressões como “salvífico”, “justicialista”, “essa não é a questão essencial”, “manhá”, “Super Dragões”, “Rui Rio”, “O Rui Rio disse…”, “Gosto muito do Porto, lá nasci, até sou portista, mas…”, etc.
Ser recíproco na amabilidade recebida da ligação é, porém, uma tarefa árdua de construção e desconstrução de arrolamentos de hiperligações, principalmente quando a constância na manutenção dos blogues é verdadeiramente inusitada. Comecei com o Porque, entretanto criei o Data – que funcionaria como uma espécie de receptáculo de matéria adiposa –, seguiu-se-lhe o In Absentia e, por fim, cheguei ao Nunca Mais, todos os títulos auxiliados pela excelsa poesia de Sophia, que se adequa grandemente ao meu estado de inquietação permanente. Logo, surgiu a necessidade premente de transportar dos falecidos (ou moribundos) a lista infindável de blogues, seguindo sempre a tal regra da reciprocidade – tarefa assaz estúpida, quando o autor (eu, na 3.ª pessoa como convém ao submundo) apagava a listagem antes de abrir o novo.
Todavia, as novas tecnologias cedo resolveram esse problema através do surgimento de ferramentas agregadoras de hiperligações com publicação imediata (mediante a cópia de um código em HTML para a página em causa). Aderi ao Blogrolling (logótipo acima), mas o dito cujo, com todas as suas debilidades identificadas na organização dos blogues arrolados (designadamente, na ordenação alfabética devido, na sua maioria, a questões diacríticas) foi, há duas semanas, vítima de um severo acto de intrusão informática – ah, que maravilha, o submundo a atacar o submundo! Conclusão, os seus autores ainda não se refizeram do ataque, limitando-se a largar umas mensagens no Twitter, onde dá para aferir o seu estado de profundo choque, com a ditosa esperança num futuro melhor, devolvendo aos utilizadores todas as funcionalidades que vinham a usar – gratuitamente, é preciso que se diga.
Até lá, que me desculpem aqueles que aqui se vão ligando e que não recebem em troca uma pequena lembrança desta parte, mas há dias que não consigo sequer aceder ao adicionamento de hiperligações, agravado pela impossibilidade de remover ou de rectificar (nomes, endereços, etc.) daqueles que já figuravam no arrolamento.
Mas nem tudo é mau. Pelo menos, o código vai funcionando, e a listagem que figura na barra da direita deste blogue continua de pé… desactualizada.
Submundo – n. m. (De sub-+mundo), se aplicado à blogosfera, conjunto de blogues cujos autores não disputam entre si colunas de opinião nos jornais, programas televisivos e tertúlias radiofónicas; não usufruem ou usufruíram de cargos políticos ou cargos de relevo para a consolidação da democracia nacional; são chatos como as carraças (ou melgas, de acordo com a preferência parasitária), porque denunciantes de crimes de colarinho branco que acabam com processos judiciais por difamação, injúria, calúnia, enquanto os imaculados denunciados gozam de total impunidade nos seus Bancos, a abrir e a transferir dinheiro aos magotes para offshores, a criar universidades para sacar mais uns benefícios do estado, gozando da dupla função de OMO (lava mais branco), onde até fazem a sua perninha dando umas lições sobre ética democrática e empresarial, viajando pelos pólos criados no exterior, essencialmente no Brasil e Angola.
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