Talvez não seja a ocasião certa para trocadilhos, por simples respeito às pessoas que derem o seu melhor no desenvolvimento de um projecto faraónico e que dele dependiam como base remuneratória de sustentação das suas vidas. Mas a ameaça de encerramento, como explica, e bem, o Eduardo, começou com a sua inauguração.
Prometia muito, mas deu muito pouco ou nada. Durou um ano.
Os meus contactos limitaram-se a duas ou três compras via internet, quase sempre para usufruir de vantagens promocionais de vária índole. As encomendas de livros, por exemplo, duravam uma eternidade quando a disponibilidade era superior a 24 horas, para depois chegarem luxuosamente, com entrega dedicada, via Express Mail.
Prometia muito, mas deu muito pouco ou nada. Durou um ano.
Os meus contactos limitaram-se a duas ou três compras via internet, quase sempre para usufruir de vantagens promocionais de vária índole. As encomendas de livros, por exemplo, duravam uma eternidade quando a disponibilidade era superior a 24 horas, para depois chegarem luxuosamente, com entrega dedicada, via Express Mail.
«Temporariamente indisponível…», avisam eles.
Os prometidos fundos editoriais jamais chegaram a ver a luz do dia, nunca ultrapassando a disponibilidade dos concorrentes directos: Fnac, Bertrand, Bulhosa/Leitura ou a Almedina.
Em Fevereiro anunciava-se com toda a soberba comercial a construção da maior livraria do país no Porto. Ocuparia o espaço, hoje degradado, do antigo Clérigos Shopping – mais um dos muitos projectos falhados na Invicta por erros de gestão, que apenas apresentava como atractivo o saudoso Café na Praça –, situado na sistematicamente degradada Praça de Lisboa – ainda me recordo da horrenda e anti-higiénica feira que aí difundia o seu miasma de ruralidade putrefacta em pleno coração do Porto, ao lado do monumento projectado por Nicolau Nasoni.
O projecto de reconversão estava (ou ainda está) a cargo da famosa Bragaparques, mas quem por lá passa apenas vê uma série de taipais cheios de graffitis, e de cartazes rasgados e deteriorados a fazer lembrar as zonas de guerra citadinas realisticamente imortalizadas pela lente de Rossellini no pós-guerra de 1945. Já os cartazes a anunciar a abertura da livraria, que me garantiram estiveram lá postados até há meio ano, desapareceram, ou pereceram por obsolescência induzida por telepatia, ou foram retirados por agente possuidor de informação privilegiada sobre a iminência do naufrágio. Era o prenúncio de que algo corria mal no reino de Areal – e que se me perdoe a rima que, mesmo pobre, surgiu de uma valiosa irritação pela aparente megalomania tão lusa (aparente, ou seja, no caso de estarmos apenas no domínio da negligência, do mero devaneio faraónico… processos omo, desconheço.)
De resto, fica apenas a minha solidariedade para com os trabalhadores que, afortunadamente, cairão nas malhas do faustoso subsídio de desemprego – a levar a sério a última brincadeira de chancela Constâncio, que se reveza no despautério e na idiotia, numa perfeição quase comovente, com a interruptora de democracias Manuela Ferreira Leite, o PGR e o Governo – ou rezar por aqueles que, eventualmente, nada mais tinham que um vínculo precário sem a garantia da possibilidade do exercício de direitos pela perda do posto de trabalho.
Em Fevereiro anunciava-se com toda a soberba comercial a construção da maior livraria do país no Porto. Ocuparia o espaço, hoje degradado, do antigo Clérigos Shopping – mais um dos muitos projectos falhados na Invicta por erros de gestão, que apenas apresentava como atractivo o saudoso Café na Praça –, situado na sistematicamente degradada Praça de Lisboa – ainda me recordo da horrenda e anti-higiénica feira que aí difundia o seu miasma de ruralidade putrefacta em pleno coração do Porto, ao lado do monumento projectado por Nicolau Nasoni.
O projecto de reconversão estava (ou ainda está) a cargo da famosa Bragaparques, mas quem por lá passa apenas vê uma série de taipais cheios de graffitis, e de cartazes rasgados e deteriorados a fazer lembrar as zonas de guerra citadinas realisticamente imortalizadas pela lente de Rossellini no pós-guerra de 1945. Já os cartazes a anunciar a abertura da livraria, que me garantiram estiveram lá postados até há meio ano, desapareceram, ou pereceram por obsolescência induzida por telepatia, ou foram retirados por agente possuidor de informação privilegiada sobre a iminência do naufrágio. Era o prenúncio de que algo corria mal no reino de Areal – e que se me perdoe a rima que, mesmo pobre, surgiu de uma valiosa irritação pela aparente megalomania tão lusa (aparente, ou seja, no caso de estarmos apenas no domínio da negligência, do mero devaneio faraónico… processos omo, desconheço.)
De resto, fica apenas a minha solidariedade para com os trabalhadores que, afortunadamente, cairão nas malhas do faustoso subsídio de desemprego – a levar a sério a última brincadeira de chancela Constâncio, que se reveza no despautério e na idiotia, numa perfeição quase comovente, com a interruptora de democracias Manuela Ferreira Leite, o PGR e o Governo – ou rezar por aqueles que, eventualmente, nada mais tinham que um vínculo precário sem a garantia da possibilidade do exercício de direitos pela perda do posto de trabalho.
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