quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Minimalismos

Ou serviços mínimos? Ou simples aporia?

Estou cansado da inacção de tudo querer fazer.

«Mahood. E se afinal fôssemos apenas um, como ele quer, apesar das minhas recusas? E se eu tivesse passado pelos sítios por onde, segundo ele, passei, em vez de ter ficado aqui, tentando aproveitar-me da sua ausência para arrumar o meu caso? Que faz Mahood aqui, no meu país, como é que ele passa por aqui? Cá estou eu lançado numa história inútil, cá estamos nós frente a frente, eu e Mahood, se é que somos dois, como eu digo. Não o vi, não o vejo. Ele disse-me como é, como sou, todos me disseram, deve fazer parte das suas atribuições. Não basta que eu saiba o que faço, também tenho de saber como sou.»
Samuel Beckett, O Inominável (pág. 43)
(Lisboa: Assírio & Alvim, Março de 2002, 189 pp.; tradução de Maria Jorge Vilar de Figueiredo; obra original: L’Innomable, 1953)

Ou será Basile? Se já foi Murphy, Molloy ou Malone? Ou até terá sido a dupla Mercier & Camier?
O que interessa à história? Um nome? Quem? Sem perguntar a mim mesmo!

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