Tristeza. Desgraça. (Para quem tem filhos pequenos, ou já netos, ou acabou há pouco tempo de sair da mirabolante fase da pubescência, sabe a que me refiro).
O grupo Cofina (que se auto-elogiam por XL), sempre generoso com os seus leitores, especialmente na antecipação noticiosa às partes dos processos nas decisões disciplinares emanadas pelo Conselho de Disciplina da Liga de Clubes – o novo pavão, talvez XL, das lides jurídicas assim o vai permitindo com a sua voz de falsete – ou nos despachos de determinados magistrados do Ministério Público – aliás, apenas materializam as incasáveis palavras de Sócrates e dos seus pares, quando se referem à necessidade do estabelecimento de parcerias público-privadas –, desta feita renovou o oferecimento de livros (numa série de oito, por apenas mais 1 euro) todas a quintas-feiras, numa parceria (ao analisar os títulos, chega-se facilmente aos detentores dos direitos de publicação) com as editoras LeYa (7 obras) eBertrand (1 obra) [ver nota 2 da adenda], curiosamente unidas por comunicados lacónicos onde confirmam a sua ausência da Feira do Livro do Porto. E que tal um boicote aos seus produtos...
No encarte que acompanhou o primeiro livro – que não comprei, e sim, este sim seria oferecido, apesar do pagamento de quase 3 euros por uma revista sem conteúdo aproveitável, e se juntarmos a esta eminência das revistas semanais a autora do livro ofertado, Laura Esquivel, a Ana, Mais Atrevida aproximou-se a passos largos, sem o querer, da qualidade da revista britânica The Economist ou similares –, que uma amável funcionária de uma tabacaria me deixou trazer, vem o alinhamento datado das obras a acompanhar a dita revista: Esquivel, Colleen McCullough, Philip Roth, Gabriel García Márquez, Nadine Gordimer, Paul Auster, Joseph Coetzee e Mário [sic] Vargas Llosa.
Joseph Coetzee? Quem é? Será aparentado com o John Maxwell, o escritor sul-africano, Nobel da Literatura em 2003? Pai, irmão, filho? Avô, bisavô, neto ou bisneto? Mas John Maxwell nasceu em Fevereiro de 1940, tem 68 anos…
Pois claro, foi erro tipográfico. Onde se lê “Joseph” deveria figurar “J.M.”. Aliás, pela similitude, constata-se facilmente que se tratou de um pequeno lapso. Ignorância? Falta de zelo? Jamais (na acepção liniana). Já agora poderiam acrescentar a estas oito obras, uma de J.M. Conrad (ora, para aí... o excepcional Nostromo, porque foi em tempos publicado por uma empresa da LeYa).
Desgraça (Disgrace, 1999), é o título de John Maxwell que sairá a 19 de Junho próximo na dita cuja revista – segunda obra do autor a ser galardoada com o Booker Prize e que neste momento se encontra na lista final, à disposição dos internautas, para a eleição do Booker dos Bookers, na celebração dos 40 anos de existência do mais famoso prémio a galardoar uma obra de ficção original, escrita em língua inglesa, proveniente do Reino Unido, da Irlanda ou dos restantes países da Commonwealth.
O grupo Cofina (que se auto-elogiam por XL), sempre generoso com os seus leitores, especialmente na antecipação noticiosa às partes dos processos nas decisões disciplinares emanadas pelo Conselho de Disciplina da Liga de Clubes – o novo pavão, talvez XL, das lides jurídicas assim o vai permitindo com a sua voz de falsete – ou nos despachos de determinados magistrados do Ministério Público – aliás, apenas materializam as incasáveis palavras de Sócrates e dos seus pares, quando se referem à necessidade do estabelecimento de parcerias público-privadas –, desta feita renovou o oferecimento de livros (numa série de oito, por apenas mais 1 euro) todas a quintas-feiras, numa parceria (ao analisar os títulos, chega-se facilmente aos detentores dos direitos de publicação) com as editoras LeYa (7 obras) e
No encarte que acompanhou o primeiro livro – que não comprei, e sim, este sim seria oferecido, apesar do pagamento de quase 3 euros por uma revista sem conteúdo aproveitável, e se juntarmos a esta eminência das revistas semanais a autora do livro ofertado, Laura Esquivel, a Ana, Mais Atrevida aproximou-se a passos largos, sem o querer, da qualidade da revista britânica The Economist ou similares –, que uma amável funcionária de uma tabacaria me deixou trazer, vem o alinhamento datado das obras a acompanhar a dita revista: Esquivel, Colleen McCullough, Philip Roth, Gabriel García Márquez, Nadine Gordimer, Paul Auster, Joseph Coetzee e Mário [sic] Vargas Llosa.
Joseph Coetzee? Quem é? Será aparentado com o John Maxwell, o escritor sul-africano, Nobel da Literatura em 2003? Pai, irmão, filho? Avô, bisavô, neto ou bisneto? Mas John Maxwell nasceu em Fevereiro de 1940, tem 68 anos…
Pois claro, foi erro tipográfico. Onde se lê “Joseph” deveria figurar “J.M.”. Aliás, pela similitude, constata-se facilmente que se tratou de um pequeno lapso. Ignorância? Falta de zelo? Jamais (na acepção liniana). Já agora poderiam acrescentar a estas oito obras, uma de J.M. Conrad (ora, para aí... o excepcional Nostromo, porque foi em tempos publicado por uma empresa da LeYa).
Desgraça (Disgrace, 1999), é o título de John Maxwell que sairá a 19 de Junho próximo na dita cuja revista – segunda obra do autor a ser galardoada com o Booker Prize e que neste momento se encontra na lista final, à disposição dos internautas, para a eleição do Booker dos Bookers, na celebração dos 40 anos de existência do mais famoso prémio a galardoar uma obra de ficção original, escrita em língua inglesa, proveniente do Reino Unido, da Irlanda ou dos restantes países da Commonwealth.
Eis a listagem completa:
- Pat Barker, The Ghost Road, 1995;
- Peter Carey, Oscar e Lucinda (Oscar and Lucinda, 1988);
- J.M. Coetzee, Desgraça (Disgrace, 1999);
- J.G. Farrell, The Siege of Krishnapur, 1973;
- Nadine Gordimer, O Conservador (The Conservationist, 1974);
- Salman Rushdie, Os Filhos da Meia-Noite (Midnight's Children, 1981)*.
*Vencedor do Booker dos Bookers na comemoração dos 25 anos de entrega do prémio.
Adenda [18:43, 15/05/2008]
- Actualização – na edição desta semana da revista do grupo Cofina, a Sábado, o “Joseph Coetzee” deu lugar a “John Coetzee”. Digamos que se tratou de uma tentativa de emendar a mão sem dar o braço a torcer, transmitindo de novo a ideia de que se tratou de um erro tipográfico. Mal, muito mal. Quando se erra e se adquire a plena consciência desse erro a melhor forma de o emendar é a assunção sem subterfúgios do seu cometimento. Ora, que eu saiba, o Nobel da Literatura sul-africano assina sempre os seus trabalhos como J.M. Coetzee, onde se inclui o romance publicitado, Desgraça (Disgrace, 1999), correspondendo as primeiras iniciais aos seus dois primeiros nomes John Maxwell.
- Correcção – Ao contrário do que aqui havia referido, as 8 obras “ofertadas” pela benemérita Cofina, pertencem todas ao grupo editorial LeYa. Assim, no caso da obra da escritora australiana Colleen McCullough, Pássaros Feridos (The Thorn Birds, 1977), apesar de circular uma versão da mesma obra sob a chancela da Difel com direitos de publicação partilhados com a Bertrand, neste momento é a Asa II (pertencente ao grupo LeYa) a detentora dos direitos. Corrigido o erro, não invalida o considerando posterior sobre o virar de costas de ambos os grupos editoriais (LeYa e Bertrand) para a cidade do Porto, pelas anunciadas ausências da edição deste ano da Feira do Livro, que irá decorrer entre 21 de Maio e 10 de Junho no Pavilhão Rosa Mota.
2 comentários:
E agora, (está bem que não li os outros...)voto no Rushdie ou no Coetzee?
Dois dos livros que mais gostei de ler até hoje.
Maria Figueiredo
Eu já votei. Votei em, salvo seja, Desgraça. O Rushdie já ganhou o dos 25 anos. O Peter Carey com o Coetzee são os únicos que já venceram o prémio por duas vezes. E estaria bem entregue a qualquer uma das obras referidas.
O romance de Gordimer não li, pela urticária que a senhora me provoca.
Também não li os restantes (2).
Ademais, acho uma injustiça não figurarem pelo menos Amesterdão de Ian McEwan e Os Despojos do Dia do Kazuo Ishiguro.
Enfim, eles é que decidem...
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