O novo romance de Matthew Pearl já está no mercado (Estados Unidos, Canadá e Reino Unido): «The Poe Shadow».
A trama baseia-se nos últimos dias do notável poeta, contista, romancista e crítico literário norte-americano Edgar Allen Poe, cujos contornos da sua morte, em 7 de Outubro de 1849, estão ainda por esclarecer, dado o seu súbito e estranho desaparecimento em Richmond em finais de Setembro desse ano e bizarro reaparecimento nas ruas da cidade de Baltimore 4 dias antes de falecer.
Para saber mais ler a recensão de Janet Maslin na edição de ontem do jornal The New York Times. Curiosamente, esta recenseadora é a mesma que, em Fevereiro de 2003, escreveu no mesmo jornal isto «In the ingenious new literary mystery “The Dante Club”», isto «Working on a vast canvas, Mr. Pearl keeps this mystery sparkling with erudition» e isto «with this captivating brain teaser as his debut novel, seems also to have put his life's work on the line in melding scholarship with mystery. He does justice to both» sobre Matthew Pearl e a sua primeira obra, publicada em 2003, da qual falarei mais adiante.
A mim parece-me que, actualmente, determinada clique literária avalia os romances através de um espectrómetro browniano. Se o romance mistura fantasia com realidade, e se parte de factos para estabelecer uma elucubração ficcional transmutada em romance, onde o limite é o sonho, o seu autor é mal avaliado, inculto, a prova viva do relativismo cultural ou até um papa-milhões sem preocupações estéticas. Se vende é mau e, assim, esgotou-se-me a pachorra para estes avaliadores do todo pela parte.
Pearl, licenciado em Literatura por Harvard e em Direito por Yale, vencedor em 1998 do Dante Prize pelo seu trabalho de investigação sobre o autor italiano, atribuído pela The Dante Society of América, é o autor do fabuloso romance «O Clube de Dante» (The Dante Club, 2003), publicado em Portugal em 2004 pela Planeta Editora*.
O título do romance corresponde ao nome dado ao grupo de notáveis autores norte-americanos de Harvard do século XIX – Henry Wadsworth Longfellow, James Russell Lowell e Oliver Wendell Holmes – que se reúne regularmente com objectivo de traduzir para inglês A Divina Comédia de Dante Alighieri. Apesar de o clube ser uma obra de ficção – havendo, no entanto, ajudado a fundar a referida The Dante Society of América –, a 1.ª tradução da Divina Comédia nos Estados Unidos foi de facto efectuada por Longfellow, um dos ícones da poesia norte-americana do século XIX.
A intriga baseia-se nos estranhos acontecimentos que ocorrem ao compasso da tradução da obra. A cidade de Boston assiste ao cometimento de vários homicídios de características macabras. Os notáveis membros do Clube apercebem-se de que os crimes são perpetrados num ritual que imita os círculos do Inferno da Divina Comédia. E fico-me por aqui para não desvendar mais pormenores da obra que, eventualmente, prejudicaria a sua leitura por quem ainda desconhece este romance de leitura compulsiva, apesar das suas 409 páginas na versão portuguesa.
Nota: *na edição portuguesa todos as transcrições do conteúdo da Divina Comédia em português (em inglês no original de Pearl) são baseadas no magistral e aclamado trabalho de tradução da obra de Dante para a língua de Camões realizado por Vasco Graça Moura.
A trama baseia-se nos últimos dias do notável poeta, contista, romancista e crítico literário norte-americano Edgar Allen Poe, cujos contornos da sua morte, em 7 de Outubro de 1849, estão ainda por esclarecer, dado o seu súbito e estranho desaparecimento em Richmond em finais de Setembro desse ano e bizarro reaparecimento nas ruas da cidade de Baltimore 4 dias antes de falecer.
Para saber mais ler a recensão de Janet Maslin na edição de ontem do jornal The New York Times. Curiosamente, esta recenseadora é a mesma que, em Fevereiro de 2003, escreveu no mesmo jornal isto «In the ingenious new literary mystery “The Dante Club”», isto «Working on a vast canvas, Mr. Pearl keeps this mystery sparkling with erudition» e isto «with this captivating brain teaser as his debut novel, seems also to have put his life's work on the line in melding scholarship with mystery. He does justice to both» sobre Matthew Pearl e a sua primeira obra, publicada em 2003, da qual falarei mais adiante.
A mim parece-me que, actualmente, determinada clique literária avalia os romances através de um espectrómetro browniano. Se o romance mistura fantasia com realidade, e se parte de factos para estabelecer uma elucubração ficcional transmutada em romance, onde o limite é o sonho, o seu autor é mal avaliado, inculto, a prova viva do relativismo cultural ou até um papa-milhões sem preocupações estéticas. Se vende é mau e, assim, esgotou-se-me a pachorra para estes avaliadores do todo pela parte.
Pearl, licenciado em Literatura por Harvard e em Direito por Yale, vencedor em 1998 do Dante Prize pelo seu trabalho de investigação sobre o autor italiano, atribuído pela The Dante Society of América, é o autor do fabuloso romance «O Clube de Dante» (The Dante Club, 2003), publicado em Portugal em 2004 pela Planeta Editora*.
O título do romance corresponde ao nome dado ao grupo de notáveis autores norte-americanos de Harvard do século XIX – Henry Wadsworth Longfellow, James Russell Lowell e Oliver Wendell Holmes – que se reúne regularmente com objectivo de traduzir para inglês A Divina Comédia de Dante Alighieri. Apesar de o clube ser uma obra de ficção – havendo, no entanto, ajudado a fundar a referida The Dante Society of América –, a 1.ª tradução da Divina Comédia nos Estados Unidos foi de facto efectuada por Longfellow, um dos ícones da poesia norte-americana do século XIX.
A intriga baseia-se nos estranhos acontecimentos que ocorrem ao compasso da tradução da obra. A cidade de Boston assiste ao cometimento de vários homicídios de características macabras. Os notáveis membros do Clube apercebem-se de que os crimes são perpetrados num ritual que imita os círculos do Inferno da Divina Comédia. E fico-me por aqui para não desvendar mais pormenores da obra que, eventualmente, prejudicaria a sua leitura por quem ainda desconhece este romance de leitura compulsiva, apesar das suas 409 páginas na versão portuguesa.
Nota: *na edição portuguesa todos as transcrições do conteúdo da Divina Comédia em português (em inglês no original de Pearl) são baseadas no magistral e aclamado trabalho de tradução da obra de Dante para a língua de Camões realizado por Vasco Graça Moura.
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