Hoje saiu para o mercado português o romance de John Banville «O Mar» (The Sea), vencedor do Man Booker Prize for Fiction em 2005, após haver sido publicado, originalmente, no Reino Unido há 385 dias.
Banville, um dos meus autores de eleição, nasceu em 1945 na Irlanda, notabilizou-se com os livros de ficção sobre personagens históricas como Kepler e Newton, e, sobretudo, com o fabuloso «Doutor Copérnico» de 1976 (Dr Copernicus), publicado em Portugal pela Dom Quixote em 1992, com qual arrecadou o prestigiado James Tait Black Memorial Prize for fiction.
Com «O Livro da Confissão» de 1989 (The Book of Evidence), publicado em Portugal pela Quetzal em 1990, foi finalista do Man Booker Prize for Fiction (shortlist) e arrecadou o Guinness Peat Aviation Book Award.
Para além das obras acima referidas, destaco os excepcionais romances «Fantasmas» de 1993 (Ghosts) e «O Intocável» de 1997 (The Untouchable), ambos publicados em Portugal pela Dom Quixote em 1995 e 1998, respectivamente.
No entanto, o romance «Eclipse» de 2000 (Eclipse), publicado em Portugal pela Ulisseia em 2002, é para mim, atendendo aos meus critérios de avaliação tremendamente subjectivos, a obra-prima do autor. É um livro denso, descritivo, com poucos diálogos, com uma narrativa eminentemente negra e sombria, relatando a vida de um actor de teatro que subitamente se isola na sua infância, nas duras rememorações incrustadas nas paredes da casa na aldeia que o viu crescer, acrescentando-se um casamento, do qual nasceu uma filha, que passa pela curva descendente e onde predominam a incompreensão, o ressentimento, a dúvida e o desassossego do envelhecimento ensombrado pelo passado de uma vida não vivida.
Sem com isto expor em demasia a minha intimidade, posso confidenciar-vos que só no momento em que fechei o livro é que me apercebi que grossas lágrimas brotavam em catadupa dos meus olhos amplamente congestionados, e quem me conhece sabe que não sou de choro fácil.
Depois deste momento intimista, aqui fica a citação completa do livro agora publicado pela Asa – saindo como é óbvio da secção deste blogue dedicada ao Ritmo Editorial Português:
John Banville, O Mar, Asa, Junho de 2006, 166 pp. [Tradução de Teresa Curvelo] (The Sea, 2005).
Banville, um dos meus autores de eleição, nasceu em 1945 na Irlanda, notabilizou-se com os livros de ficção sobre personagens históricas como Kepler e Newton, e, sobretudo, com o fabuloso «Doutor Copérnico» de 1976 (Dr Copernicus), publicado em Portugal pela Dom Quixote em 1992, com qual arrecadou o prestigiado James Tait Black Memorial Prize for fiction.
Com «O Livro da Confissão» de 1989 (The Book of Evidence), publicado em Portugal pela Quetzal em 1990, foi finalista do Man Booker Prize for Fiction (shortlist) e arrecadou o Guinness Peat Aviation Book Award.
Para além das obras acima referidas, destaco os excepcionais romances «Fantasmas» de 1993 (Ghosts) e «O Intocável» de 1997 (The Untouchable), ambos publicados em Portugal pela Dom Quixote em 1995 e 1998, respectivamente.
No entanto, o romance «Eclipse» de 2000 (Eclipse), publicado em Portugal pela Ulisseia em 2002, é para mim, atendendo aos meus critérios de avaliação tremendamente subjectivos, a obra-prima do autor. É um livro denso, descritivo, com poucos diálogos, com uma narrativa eminentemente negra e sombria, relatando a vida de um actor de teatro que subitamente se isola na sua infância, nas duras rememorações incrustadas nas paredes da casa na aldeia que o viu crescer, acrescentando-se um casamento, do qual nasceu uma filha, que passa pela curva descendente e onde predominam a incompreensão, o ressentimento, a dúvida e o desassossego do envelhecimento ensombrado pelo passado de uma vida não vivida.
Sem com isto expor em demasia a minha intimidade, posso confidenciar-vos que só no momento em que fechei o livro é que me apercebi que grossas lágrimas brotavam em catadupa dos meus olhos amplamente congestionados, e quem me conhece sabe que não sou de choro fácil.
Depois deste momento intimista, aqui fica a citação completa do livro agora publicado pela Asa – saindo como é óbvio da secção deste blogue dedicada ao Ritmo Editorial Português:
John Banville, O Mar, Asa, Junho de 2006, 166 pp. [Tradução de Teresa Curvelo] (The Sea, 2005).
1 comentário:
Fiquei convencido. Vou ler também.
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