O autor canadiano-libanês Rawi Hage (n. 1964) foi o vencedor da edição deste ano do galardão milionário International IMPAC Dublin Literary Award e logo com o seu romance de estreia De Niro’s Game, a história cruel, sem atavios, do destino de dois amigos de infância, tendo o Líbano como pano de fundo e o realismo da brutalidade quotidiana da guerra civil que os separa, e como marco narrativo a famosa frase do brilhante Albert Camus (1913-1960):
«Só há um problema filosófico verdadeiramente série: é o suicídio. Julgar se a vida merece ou não ser vivida é responder a uma questão fundamental da filosofia.» Albert Camus, O Mito de Sísifo.
«Só há um problema filosófico verdadeiramente série: é o suicídio. Julgar se a vida merece ou não ser vivida é responder a uma questão fundamental da filosofia.» Albert Camus, O Mito de Sísifo.
O júri do prémio escolheu Hage, entre as obras – este ano representativas de uma verdadeira babilónia de culturas – de oito autores diferentes, entre os quais, para além do próprio vencedor, se encontravam os nomes fortes de autores como o do espanhol Javier Cercas, com o romance A Velocidade da Luz (ed. port. Asa, 2006; La velocidad de la luz, 2005); ou do irlandês Patrick McCabe ou ainda do franco-russo Andreï Makine.
Este ano, um conjunto de 162 bibliotecas, pertencentes a cerca de 122 cidades de 45 países participaram na escolha inicial dos 137 romances a concurso, entre os quais 8 foram seleccionados para a final por um júri nomeado para o efeito. Portugal, como tem sido habitual em anos anteriores, participou com as sugestões da Biblioteca Municipal Central de Lisboa (nomeou três obras de três autores: José Eduardo Agualusa, Monica Ali e Paul Auster) e a Biblioteca Pública Municipal do Porto (nomeou apenas uma obra, de autoria da escritora chilena Isabel Allende).
Curioso, será verificar que o grande vencedor do IMPAC 2008 apenas foi nomeado por uma única biblioteca para a lista inicial, a sua conterrânea Winnipeg Public Library no Canadá – o mesmo já havia ocorrido com o vencedor de 2007, o norueguês Per Petterson, apenas nomeado por duas bibliotecas (entre as 169 participantes) e ambas norueguesas.
Eis os anteriores vencedores do prémio mais generoso do mundo a premiar uma obra de ficção:
2007 – Per Petterson – Out Stealing Horses
2006 – Colm Tóibín – O Mestre (Dom Quixote, 2007)
2005 – Edward P. Jones – The Known World
2004 – Tahar Ben Jelloun – Uma Ofuscante Ausência de Luz (Asa, 2003)
2003 – Orhan Pamuk – O Meu Nome é Vermelho (Presença, 2007)
2002 – Michel Houellebecq – Partículas Elementares (Temas e Debates, 1999)
2001 – Alistair MacLeod – No Great Mischief
2000 – Nicola Barker – À Flor da Pele (Gradiva, 2000)
1999 – Andrew Miller – A Dor Industriosa (Teorema, 1999)
1998 – Herta Müller – A Terra das Ameixas Verdes (Difel, 1999)
1997 – Javier Marías – Coração Tão Branco (Relógio D’Água, 1994)
1996 – David Malouf – Remembering Babylon
Este ano, um conjunto de 162 bibliotecas, pertencentes a cerca de 122 cidades de 45 países participaram na escolha inicial dos 137 romances a concurso, entre os quais 8 foram seleccionados para a final por um júri nomeado para o efeito. Portugal, como tem sido habitual em anos anteriores, participou com as sugestões da Biblioteca Municipal Central de Lisboa (nomeou três obras de três autores: José Eduardo Agualusa, Monica Ali e Paul Auster) e a Biblioteca Pública Municipal do Porto (nomeou apenas uma obra, de autoria da escritora chilena Isabel Allende).
Curioso, será verificar que o grande vencedor do IMPAC 2008 apenas foi nomeado por uma única biblioteca para a lista inicial, a sua conterrânea Winnipeg Public Library no Canadá – o mesmo já havia ocorrido com o vencedor de 2007, o norueguês Per Petterson, apenas nomeado por duas bibliotecas (entre as 169 participantes) e ambas norueguesas.
Eis os anteriores vencedores do prémio mais generoso do mundo a premiar uma obra de ficção:
2007 – Per Petterson – Out Stealing Horses
2006 – Colm Tóibín – O Mestre (Dom Quixote, 2007)
2005 – Edward P. Jones – The Known World
2004 – Tahar Ben Jelloun – Uma Ofuscante Ausência de Luz (Asa, 2003)
2003 – Orhan Pamuk – O Meu Nome é Vermelho (Presença, 2007)
2002 – Michel Houellebecq – Partículas Elementares (Temas e Debates, 1999)
2001 – Alistair MacLeod – No Great Mischief
2000 – Nicola Barker – À Flor da Pele (Gradiva, 2000)
1999 – Andrew Miller – A Dor Industriosa (Teorema, 1999)
1998 – Herta Müller – A Terra das Ameixas Verdes (Difel, 1999)
1997 – Javier Marías – Coração Tão Branco (Relógio D’Água, 1994)
1996 – David Malouf – Remembering Babylon
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