sexta-feira, 6 de junho de 2008

Epígrafe e abertura. Obsessões e… dedicatórias

(continuação do texto anterior, interrompido por introdução de material susceptível de fazer a capa da Ana + atrevida)

Mas antes já havia passado pela estranha dedicatória, a que depois regressei e li com mais atenção depois de lida a frase de abertura. Exigiu uma curtíssima investigação na Internet2:

«Para a Helen [Bransford]
Que gostaria de ter sido eu a inventar, se tivesse imaginação para tal.
» (pág. 5)

Notas:

  1. Na década de 80 do século passado, McInerney foi incluído no denominado Brat Pack literário artificialmente construído pela imprensa norte-americana, que ademais contava com os escritores Bret Easton Ellis, Tama Janowitz e Mark Lindquist, por corruptela, ou se se preferir como derivação (falhada pela heterogeneidade insolúvel) do famoso Rat Pack de Sinatra & companhia que espalhou o seu charme (muitas vezes etilizado) pelo cinema e pelos palcos dos teatros e casinos americanos durante as décadas de 50 e 60.
  2. The Last of the Savages foi publicado em 1996. Em 1997, Jay, então com 40 anos, divorciou-se da famosa designer de jóias Helen Bransford, a sua terceira mulher, sete anos mais velha. Ao que parece a actriz Julia Roberts desempenhou um papel importante; já para nem falar da história rocambolesca da concepção e gestação dos gémeos do casal, nascidos em 1995, Para quem se interessa por este tipo de assuntos cor-de-rosa, suponho que este artigo/entrevista de 2000 publicado no Guardian, sob o título sugestivo e bem a propósito de um dos romances do meu mui estimado F. Scott Fitzgerald (Belos e Malditos), faz um resumo interessante de toda a história… keywords: miscarriage, IVF, eggs, womb, surrogate mother,…

Referência bibliográfica:
Jay McInerney, O Último dos Savage. Lisboa: Teorema, Abril de 1998, 299 pp.; tradução de Telma Costa; obra original: The Last of the Savages, 1996.

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