quinta-feira, 3 de agosto de 2006

Fidel


Estou sem pachorra para escrever sobre o ditador do uniforme verde-oliva, que há oito anos discursou durante quase três horas num pavilhão de Matosinhos perante uma chusma de fervorosos adeptos da autocracia cubana, José Saramago, Carlos Carvalhas e, pasme-se – ou talvez não –, o ex-quase-tudo e piloso Narciso Miranda.
Depois há quem já tenha escrito sobre o assunto e fê-lo da melhor maneira. Assim aqui deixo ficar três excertos de três textos:

«Caídas todas as máscaras, eis o "socialismo real" travestido de monarquia hereditária, dependente mais que nunca do ditame pessoal do chefe, à total revelia da vontade popular e já sem qualquer simulacro de consulta aos órgãos do partido único. Com a saúde do tirano das Caraíbas transformada em "segredo de Estado" dá-se outro passo decisivo na degeneração da "revolução" cubana numa grotesca caricatura de socialismo, capaz de ofender até os mais devotos praticantes desta fé.»
O socialismo mumificado, por Pedro Correia no
Corta-Fitas.

«O senhor é submetido a uma intervenção e dentro em breve deve regressar com as arengas da revolução e ao convívio com os discípulos de Caracas e La Paz, sem referir a miséria dos cubanos.
«Os cubanos exilados na Florida estavam eufóricos, como se a ditadura estivesse a ser deposta. Tal não sucede. Deitaram o foguete antes da festa.
«Por todo o mundo ecoou uma notícia que pretendia dar o que não pode, a ditadura cubana ainda não soçobrou.»
Meia notícia, por Carlos Manuel Castro no
Tugir.

«Se Fidel Castro sair de cena de vez (como espero) é uma questão de muito pouco tempo a queda da ditadura em Cuba. E Fidel encontrar-se-á algures com Fulgêncio Baptista, os dois de charuto na mão a discutir quem terá prejudicado mais o povo cubano...»
Cuba Libre?, por Mik no
Carraspana.

2 comentários:

Anónimo disse...

Grazie, André. Abraço.

Anónimo disse...

Ora essa! Um abraço.