quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Da reflexão (após enfado)

IV
[Rudimentos de maiêutica socrática. Seguido de metaficção]


– No fim de tudo isto, aconteça o que acontecer – disse ela, – eu não quero perder-te como amigo.
Ele olhou-a nos olhos e replicou:
– Eu prometo que jamais serei teu amigo, não importa o que aconteça, nunca mais.
A voz dela esmoreceu: – Se fodermos, amanhã irei sentir-me uma merda.
– Por mim está tudo bem – disse ele, tirando-lhe a camisola.
– Eu amo-te – disse ela. – Nunca te quis magoar de propósito.
Ele abanou a cabeça e disse: – Quero lá saber.
Diálogo entre Jack Whitman (Jason Schwartzman) e a sua ex-namorada (Natalie Portman). Argumento de Wes Anderson, Hotel Chevalier, curta-metragem inserida em The Darjeeling Limited (2007), transformado em conto neste último. [versão: AMC]


V
[Uma despedida, como um belo epitáfio (nota: incluir nos desejos finais)]


«Obrigado por teres abusado de mim.»

Jack Whitman (Jason Schwartzman) agradece a prestimosa companhia de Rita (Amara Karan) durante a viagem no Darjeeling Limited, no argumento de Wes Anderson, Roman Coppola (filho de Francis, irmão de Sofia) e Jason Schwartzman. [versão: AMC]

VI
[O espectro que paira sobre a obra… e se perguntar não ofende…]




O meu amigo de infância Ray Davies, com as imagens de Philippe Garrel de uma sequência do fabuloso (e de apreciação maniqueísta) Os Amantes Regulares (Les amants réguliers, 2005).
This Time Tomorrow… talvez não por aqui.

Nota: Obrigado LMO, pelo conselho.

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