sábado, 29 de dezembro de 2007

Soundtrack

Há quem diga, de forma deselegante – normalmente, o orgulhoso da piada própria –, que se trata do estudo escatológico de tão odorífera e fisiológica ventosidade humana por recurso à função auditiva.

[As minhas desculpas pela veia boçal que teimo em esconder, mas que se manifesta com especial acuidade quando as férias natalícias me roubam tempo ao ter de cuidar da minha desinquieta e hiperactiva prole.]

Retomando…
O Luís – uma das duas
agradáveis surpresas blogueiras da segunda metade de 2007 – desafiou-me a postar as minhas cinco bandas sonoras de filmes preferidas.
O desafio é complicado para qualquer cinéfilo. Desde logo, há uma dificuldade de natureza adjectiva: BS Original ou respigada? Ainda dificultado por aquelas que poderemos facilmente situar em ambos os campos.
Depois, existe o eterno dilema da separabilidade da banda sonora do filme, isto é, ouvi-la enquanto produto dissociável da obra cinematográfica, despejada da sua natureza plástica e simbólica. Por muito boa que seja a música, será que existe uma perfeita simbiose com a acção filmada e materializada na película? Dava pano para mangas...
Bom, deixando-me de filosofias de vão de escada – e que bom é poder empregar esta horrível expressão sem falar de aborto –, resolvi, em consequência do supra-referido, criar duas listas com as minhas bandas sonoras preferidas, de acordo com a presença ou não do qualificativo “original”.

Banda Sonora Original (por ordem alfabética)

  • África Minha (Out of Africa, 1985), John Barry – realizado por Sydney Pollack;
  • Drácula (Dracula, 1992), Wojciech Kilar – realizado por Francis Ford Coppola;
  • O Padrinho (Godfather, 1972), Nino Rota – realizado por Francis Ford Coppola;
  • Paris, Texas, (1984), Ry Cooder – realizado por Wim Wenders;
  • As Virgens Suicidas (The Virgin Suicides, 1999), Air – realizado por Sofia Coppola.

Banda Sonora (por ordem alfabética)

  • Amadeus (1984) – realizado por Milos Forman;
  • Lost Highway – Estrada Perdida (Lost Highway, 1997) – realizado por David Lynch;
  • Pulp Fiction (1995) – realizado por Quentin Tarantino;
  • Trainspotting (1996) – realizado por Danny Boyle;
  • O Último Contrato (Grosse Pointe Blank, 1997) – realizado por George Armitage.

Duas listas entre tantas que poderia fazer de imediato, e muitas outras cujos filmes decerto me lembrarei mais tarde, lamuriando-me seguramente pela não inclusão.

E com isto tudo, vou atrasando as listas prometidas (está difícil, sobretudo, escolher 10 do conjunto de 20 livros editados em 2007 com a classificação máxima; nos filmes as combinações possíveis para a lista final são, ainda assim, menores).

Ah, e já me esquecia (à hora de publicação). Desafio o
Francisco Valente, o Luís M. Jorge, o Luís Miguel Oliveira, o Pedro Correia e o Sérgio Lavos a postarem as suas preferências.

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