terça-feira, 24 de abril de 2007

BHL

Após a leitura de mais uns clássicos e de outras obras intemporais pela referencialidade literária – a minha habitual pausa entre as novidades editoriais –, receoso em retroceder a passo de caranguejo às páginas que ainda não li da colectânea de textos de Umberto Eco, editada este ano em Portugal pela Difel – gosto mais dele na pele de ficcionista, embora neste último livro concorde com a ideia de “europeísmo subconsciente” –, decidi, em definitivo, embarcar na Vertigem de BHL, seguindo, 173 anos depois, os passos de Alexis de Tocqueville pela América profunda.
BHL é a sigla por que ficou conhecido o filósofo francês contemporâneo Bernard-Henri Lévy. O prefácio da edição portuguesa de Vertigem Americana (Caderno, 2007) foi redigido pelo inefável DFA. Cansado da vida política após uma curta estadia no MNE patrocinada pelo Eng.º (?) JS, leccionará a última aula da sua longa carreira de professor universitário (entretanto jubilado) no próximo dia 22 de Maio na FDUNL, enquanto calcorreia o país em conferências, ladeado pelo seu grande neoamigo MS com todo o fervor oratório anti-imperialismo americano.
Lido o prefácio de escassas seis páginas, certamente estudado com a mais cuidadoso detalhe, dada a forte sensibilidade mediático-explosiva que o seu nome angariou na opinião pública e na dita publicada em tempos de excitação ideológica de certa forma sinuosa, destaco uma singela asserção que, vinda de quem veio, abalou o cerne das minhas (poucas) certezas:
Os EUA como o «país mais maravilhoso da História!» (pág. 15, 1.ª ed.)

Para um americanófilo empedernido como eu, no que respeita à literatura, ao cinema, à música e até à filosofia inerente ao seu sistema democrático, compreendereis decerto a magnitude do tremor que aquelas palavras me provocaram…

Adiante! Daqui a uns dias postarei a minha apreciação, sem ruído literário de outra espécie que a possa perturbar.

GbA!

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