sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Arranja Uma Vida!

Nadine GordimerÉ esta a tradução literal do título do último romance de Nadine Gordimer, que mereceu um título português mais poético e menos coloquial de «Faz-te à vida» – sobre este livro já falei aqui, em 25 de Agosto deste ano.
E, certamente, foi essa frase, em forma de interjeição, que Ms. Gordimer proferiu ao seu biógrafo inglês Ronald Suresh Roberts, tobaguenho de educação – suponho ser um dos gentílicos possíveis para denominar os habitantes de Trinidad y Tobago – de 38 anos, quando decidiu vetar, sem êxito, a publicação da versão final da sua biografia.
A história está contada num artigo pré-publicado no sítio oficial do Times, que irá ser publicado no final do ano.
Para além de biógrafo de Nadine, Roberts ganhou o estatuto de biógrafo do presidente sul-africano Thabo Mbeki, obra que será publicada em meados de 2007.

Esta novela, que seguramente contará com mais episódios, assemelha-se a outras, embora diversas na substância, que afectaram os autodenominados moralistas da política mundial, anti-imperialismo americano, militantes da esquerda radical e todos apoiantes da revolução cubana e do seu líder Fidel Castro, designadamente Grass e Saramago. Afinal, a dada altura, os esqueletos criteriosamente encerrados durante anos no armário das suas vidas, parecem ganhar vida e emudecer os seus fiéis discípulos.
Ms. Gordimer para além de haver confessado a falsificação de uma curta autobiografia publicada na revista
The New Yorker em 1954, tem tido, nos últimos anos, um comportamento pouco convencional para uma activista e militante do Congresso Nacional Africano (ANC).

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