
E, certamente, foi essa frase, em forma de interjeição, que Ms. Gordimer proferiu ao seu biógrafo inglês Ronald Suresh Roberts, tobaguenho de educação – suponho ser um dos gentílicos possíveis para denominar os habitantes de Trinidad y Tobago – de 38 anos, quando decidiu vetar, sem êxito, a publicação da versão final da sua biografia.
A história está contada num artigo pré-publicado no sítio oficial do Times, que irá ser publicado no final do ano.
Para além de biógrafo de Nadine, Roberts ganhou o estatuto de biógrafo do presidente sul-africano Thabo Mbeki, obra que será publicada em meados de 2007.
Esta novela, que seguramente contará com mais episódios, assemelha-se a outras, embora diversas na substância, que afectaram os autodenominados moralistas da política mundial, anti-imperialismo americano, militantes da esquerda radical e todos apoiantes da revolução cubana e do seu líder Fidel Castro, designadamente Grass e Saramago. Afinal, a dada altura, os esqueletos criteriosamente encerrados durante anos no armário das suas vidas, parecem ganhar vida e emudecer os seus fiéis discípulos.
Ms. Gordimer para além de haver confessado a falsificação de uma curta autobiografia publicada na revista The New Yorker em 1954, tem tido, nos últimos anos, um comportamento pouco convencional para uma activista e militante do Congresso Nacional Africano (ANC).
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