segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Anotações e Transcrições – 2

Do Miguel Castelo-Branco no 31 da Armada sobre a morte de Pinochet [com sublinhados meus]:

«Concordo que Pinochet não deixa saudades, como não deixam todas as ditaduras da América Latina, de Fidel em Cuba, Videla na Argentina, Ortega na Nicarágua ou Stroessner no Paraguai.

Espero que, quando dentro de algumas semanas, quando Fidel Castro finalmente vier a morrer, haja para com ele a mesma justiça negativa, que agora e bem, é feita a Pinochet.
»


Subscrevo, mas não partilho da esperança do Miguel. Quem não se lembra do vergonhoso comício/festa/tertúlia realizado no dia 16 de Outubro de 1998 no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos a propósito da presença desse torcionário em terras da Invicta para participar na Cimeira Ibero-Americana?

Estavam lá Saramago, Carvalhas, Vasco Gonçalves e… Narciso Miranda. Para além de Sérgio Godinho, Jorge Palma, Manuel Freire e Luís Represas.

Para mais informação consultar o Pravda português [
a mentira é o ópio do povo].

3 comentários:

Anónimo disse...

Fidel é um filho da puta, mas não é comparável a Pinochet. Assim como Pinochet não é comparável a Mao Tsé-tung. E Mao Tsé-tung não é comparável a Hitler. E Hitler não é comparável a Estaline. Etc, etc, etc… Só são comparáveis na filhadaputice. Seja como for, terão sempre apoiantes. Todos eles. A História é quase tão fodida quanto a asma.

Anónimo disse...

É bem verdade o que dizes.
E como só cheguei há pouco a casa tenho-me arrepiado com a medição de pilas, ou seja, quem matou mais, que fez mais presos, quem torturou mais e melhor...
Exigirá um post a reforçar essa ideia, só os comparei na filhadaputice.
Faz-me lembrar este texto que escrevi no falecido Porque.

Anónimo disse...

Quem serão os próximos? Chavez? Kim Jong-Il? Ahmadinejahd? George Bush III?
Estes dois de agora morrem na pátria. Um fora do poder, outro agarrado a ele.
Pinochet foi a enterrar. Fidel ainda não.
Aqui também, Fidel não perdeu. Podem ter ido dar a notícia da morte de Pinochet ao cadáver de Fidel, mas a notícia da morte de Fidel será dada à lápide de Pinochet.
De resto, quem ganha e quem perde no "campeonato" dos ditadores sanguinários? A barbárie tem unidades? Os métodos de eliminação dos inimigos políticos têm graus? Claro que assim fosse, já se teria inventado o facinorímetro.
E mesmo se o número de mortos fosse a fiel medida do nível de sanguinarismo, teríamos muita dificuldade em colocar, na posição certa do ranking, Estaline, Hitler, Gengis Khan, Napoleão, Júlio César, Mao-Tsé-Tung, quanto mais Fidel ou Pinochet.