Para um hispanófilo como eu, a notícia do Jornal da Tarde da SIC preocupou-me: o Governo espanhol decidiu acabar com a secular siesta no funcionalismo público, esperando que o fenómeno se contagie ao sector privado.
Actualmente em Espanha, segundo a estação televisiva e a minha longa experiência de vida em solo espanhol, o horário de almoço situa-se entre as 14 horas e as 16 horas e 30 minutos, onde se previa a inclusão do descanso pós Comida – Almuerzo para os mais sensíveis às expressões populares.
Segundo a mesma notícia, esta decisão teve que ver com o tempo diminuto despendido pelos nuestros hermanos na companhia dos seus filhos.
Na minha modesta opinião, a siesta é parte integrante e fundamental da cultura espanhola – e digo isto com toda a propriedade, a qual o horror-de-dormir-após-o-almoço me conferiu.
Vou sentir a falta desse período de delicada diminuição do bulício nas ruas madrilenas, de calmaria da tradicional fúria castelhana, do som da brisa quente e luxuriante das longas tardes de Verão na Puerta del Sol, na Castellana, no Prado, nos Recoletos, na Plaza Mayor.
Egoisticamente, lá se vai a minha hora dilecta de prospecções literárias, musicais e cinematográficas na gigantesca Fnac do Callao.
Depois, perde-se la cena às 10 da noite e la(s) copa(s) das 2 da manhã em diante…
Se o Governo espanhol fosse de direita, teríamos, quem sabe, a lusa esquerda, permanentemente alvoraçada com os fantasmas reaccionários, classificando a acção como uma intentona contra os direitos fundamentais dos cidadãos espanhóis, e um Governo constrangido pelo peso do capitalismo selvagem e obstinado pelo mimetismo do imperialismo americano e dos seus fiéis comparsas europeus. Seria uma acção fascizante – ¡Cómo me encanta esta palabra!
Para os mais atentos, apenas recordo a experiências dos "terceiro-mundistas" dinamarqueses e um artigo de Maio de 2002 da revista inglesa The Economist intitulado: «Siesta time: Power napping».
Actualmente em Espanha, segundo a estação televisiva e a minha longa experiência de vida em solo espanhol, o horário de almoço situa-se entre as 14 horas e as 16 horas e 30 minutos, onde se previa a inclusão do descanso pós Comida – Almuerzo para os mais sensíveis às expressões populares.
Segundo a mesma notícia, esta decisão teve que ver com o tempo diminuto despendido pelos nuestros hermanos na companhia dos seus filhos.
Na minha modesta opinião, a siesta é parte integrante e fundamental da cultura espanhola – e digo isto com toda a propriedade, a qual o horror-de-dormir-após-o-almoço me conferiu.
Vou sentir a falta desse período de delicada diminuição do bulício nas ruas madrilenas, de calmaria da tradicional fúria castelhana, do som da brisa quente e luxuriante das longas tardes de Verão na Puerta del Sol, na Castellana, no Prado, nos Recoletos, na Plaza Mayor.
Egoisticamente, lá se vai a minha hora dilecta de prospecções literárias, musicais e cinematográficas na gigantesca Fnac do Callao.
Depois, perde-se la cena às 10 da noite e la(s) copa(s) das 2 da manhã em diante…
Se o Governo espanhol fosse de direita, teríamos, quem sabe, a lusa esquerda, permanentemente alvoraçada com os fantasmas reaccionários, classificando a acção como uma intentona contra os direitos fundamentais dos cidadãos espanhóis, e um Governo constrangido pelo peso do capitalismo selvagem e obstinado pelo mimetismo do imperialismo americano e dos seus fiéis comparsas europeus. Seria uma acção fascizante – ¡Cómo me encanta esta palabra!
Para os mais atentos, apenas recordo a experiências dos "terceiro-mundistas" dinamarqueses e um artigo de Maio de 2002 da revista inglesa The Economist intitulado: «Siesta time: Power napping».
Bons sonhos!
PS - Por que cargas de água foi incluída aquela fotografia!
3 comentários:
A notícia não era da SICk, mas do jornal «Público»(última página). Haja rigor!
Vamos é ver se os níveis de produtividade dos espanhóis sobem com esta medida. E, sim, haja rigor! Até já.
Eu ouvi-a na SIC!
Ultimamente, não tenho recorrido ao Público on-line devido à obrigatoriedade de subscrição. Todavia, obrigado pela achega!
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