Debate? Qual? O quê? Quando? Hoje?
Um debate político, num país civilizado, pressupõe discussão, confronto de ideias, combate rígido, porém leal, na defesa de convicções maduramente formadas e na apologia de uma concepção do mundo distinta do oponente. Exige-se vivacidade, inteligência, clarividência e pertinácia. Estofo, fleuma e seriedade. Acima de tudo: moralidade, sensatez e respeito pelo adversário.
Hoje, assistimos a tudo menos isso!
O que pudemos ver:
- Um Soares crispado, colérico e brutalmente agressivo. Assemelhou-se a um pobre arrivista.
- Um Soares sem ideias, sem astúcia, sem fins – apenas com meios de ataque de política mesquinha e rancorosa. Enfim, sem norte!
- Um Soares que prometeu a dez minutos do final da “entrevista conduzida por três” que falaria, finalmente, da sua candidatura, mas – talvez por manifesto lapso – esqueceu-se de o fazer.
- Dois jornalistas – moderadores – que se esqueceram de colocar um ponto final nos vitupérios e de ter a coragem e a destreza suficientes para perguntar: «Dr. Mário Soares fale-nos um pouco da sua candidatura!»
Já nem há necessidade de falar dos comentadores do regime: o patrão – Bettencourt Resendes – e o empregado – António José Teixeira.
Termino com o comentário de José Miguel Júdice: “Soares à patada!”
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