sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Do pé para o chinelo

Ou vice-versa. Com tranquilidade.

O Mustang, memorável cigano das grandes noites europeias, ia pondo o Special One, agora a sério!, de cabeça à roda na sua desmedida incapacidade de reconhecimento do brilhantismo alheio… «Já a seguir não perca…» E o que me interessa isso a mim? Dragão hipnotizado por uma paixão que não se explica – como todas, não será assim? – a ver o “7” da sorte, das maravilhas e das partidas do mundo, a pôr a cabeça em água àquele que veio a sério – terá sido desta? – e o jovem francês com nome de soltura, como se diz em terras transmontanas... «a primeira entrevista do senhor Procurador…» Foda-se!

Glosando blogger recatado, em nome de D. Pedro IV – algures por essa imensa blogosfera – «é a Elisabete!» Elisabete, com “s” ou com “z”, corruptela da virgem, a primeira, e da mãe infortunada, a segunda, ou quiçá uma terceira, a manicure do Cabeleireiro Soraia na rua direita, mais esconsa, de Rio Tinto.

E sai poema (para descontrair):
À Câmara Elisabete vai
Sindicar o Carmona,
A ver se em esquecimento cai
O processo Furacão (?)

«E a Operação Furacão? Já ninguém fala nela!»
Ele, o Especial à boa maneira do estrelato em solo luso, não gosta dos “Megas”, se Ferreira, apoio, se bytes – mas é f... – é imperdoável na sociedade da informação.
O homem criador da "Bete" quer transformar O Furacão em Furacõezinhos… Homessa, ao menos essa – rima estúpida e voluntariamente pobre – porque quisera ele mudar de laços e de filhos passasse à mãe… o desastre deixaria de ser apenas a impunidade que se espera, aditar-se-lhe-ia um lapsus linguae – a introdução do prefixo cunnus não seria despiciendo – que encheria de humor cada esquina, até como sucedâneo do par de salazares para impôr ordem neste país cheio de gajos com tesão, mas tristemente sem concretização.

Descalcei o pé que havia fugido pouco antes para o chinelo. Fui-me deitar e, entre a vigília e o sono solto, só me lembrava daquela em que Cristo chorava, não pela impotência revelada ante a constatação da impossibilidade de cura da malformação através de milagre, mas, por si só, ser-se português já é tristeza que baste.

Apaguei a luz.

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