Medir a riqueza de um clube pelo potencial das receitas, é como analisar um quadro pela qualidade da tela e das tintas usadas na pintura.
Se quisermos ser simplistas e de alguma forma atribuir algum significado ao nosso estudo, não basta a eventual grandiosidade do nome do investigador para conferir validade científica aos resultados alcançados.
Uma hipótese, igualmente pouco trabalhosa, consistiria na análise do denominado Book Value (ou valor contabilístico). Nesta óptica o valor de uma qualquer empresa mede-se pela diferença entre os seus activos (bens e direitos) e passivos (obrigações), a que convencionámos chamar de Capital Próprio ou Situação Líquida. Embora seja um método simplista e assaz redutor, na medida em que por exemplo não entra em linha de conta com as potencialidades futuras face à capacidade instalada – neste caso o método dos Discounted Free Cash Flows é dos mais usados –, entra em linha de conta com massas patrimoniais de sinal contrário e implica, uma vez mais, informação fidedigna (clara, fiável e comparável), situação que é prejudicada pela não cotação em bolsa de equipas como o Benfica, Real de Madrid e Barcelona, devido às regras apertadas de uniformização, monitorização e de apresentação de factos relevantes susceptíveis de influenciarem as decisões de investimento dos denominados stakeholders.
Assim, a Deloitte desculpabiliza-se no preâmbulo do seu estudo:
«There are many ways of examining the relative wealth or value of football clubs – and at Deloitte we have developed sophisticated models of anticipated future cash flows to help potential investors or sellers do just that. However, for an exercise such as this, there is insufficient public information to do that. Here – in the Deloitte Football Money League – we use income as the most easily available and comparable measure of financial wealth. Income, like salary for an individual, is not the be all and end all of ‘richness’, but all would agree that – as a starting point – it is better to have more than less, and the choice of how to spend it.»
In Football Money League: The Reign in Spain, Deloitte, February 2007, p. 2
Porém, indo ao que realmente interessa – à parte desportiva – temos esta classificação relativa aos últimos 10 anos – European Club Ranking 1997-2006:
1.º) Real Madrid CF – 1.249,95 pts.
2.º) FC Bayern München – 1.239,67 pts.
3.º) FC Barcelona – 1.228,10 pts.
4.º) Manchester United – 1.227,60 pts.
5.º) Juventus FC – 1.138,82 pts.
6.º) Arsenal – 1.135,49 pts.
7.º) FC Porto – 1.100,07 pts.
8.º) Internazionale FC 1908 – 1.080,52 pts.
9.º) PSV – 1.057,47 pts.
10.º) AC Milan – 1.039,34 pts.
(…)
33.º) Sporting CP – 740,73 pts.
(…)
35.º) SL Benfica – 717,00 pts.
(…)
55.º) Boavista FC – 587,70 pts.
Posto isto, vou ver se consigo deixar de falar de futebol nos próximos tempos, enquanto assisto ao enterro antecipado do meu clube pelos Media.
Se quisermos ser simplistas e de alguma forma atribuir algum significado ao nosso estudo, não basta a eventual grandiosidade do nome do investigador para conferir validade científica aos resultados alcançados.
Uma hipótese, igualmente pouco trabalhosa, consistiria na análise do denominado Book Value (ou valor contabilístico). Nesta óptica o valor de uma qualquer empresa mede-se pela diferença entre os seus activos (bens e direitos) e passivos (obrigações), a que convencionámos chamar de Capital Próprio ou Situação Líquida. Embora seja um método simplista e assaz redutor, na medida em que por exemplo não entra em linha de conta com as potencialidades futuras face à capacidade instalada – neste caso o método dos Discounted Free Cash Flows é dos mais usados –, entra em linha de conta com massas patrimoniais de sinal contrário e implica, uma vez mais, informação fidedigna (clara, fiável e comparável), situação que é prejudicada pela não cotação em bolsa de equipas como o Benfica, Real de Madrid e Barcelona, devido às regras apertadas de uniformização, monitorização e de apresentação de factos relevantes susceptíveis de influenciarem as decisões de investimento dos denominados stakeholders.
Assim, a Deloitte desculpabiliza-se no preâmbulo do seu estudo:
«There are many ways of examining the relative wealth or value of football clubs – and at Deloitte we have developed sophisticated models of anticipated future cash flows to help potential investors or sellers do just that. However, for an exercise such as this, there is insufficient public information to do that. Here – in the Deloitte Football Money League – we use income as the most easily available and comparable measure of financial wealth. Income, like salary for an individual, is not the be all and end all of ‘richness’, but all would agree that – as a starting point – it is better to have more than less, and the choice of how to spend it.»
In Football Money League: The Reign in Spain, Deloitte, February 2007, p. 2
Porém, indo ao que realmente interessa – à parte desportiva – temos esta classificação relativa aos últimos 10 anos – European Club Ranking 1997-2006:
1.º) Real Madrid CF – 1.249,95 pts.
2.º) FC Bayern München – 1.239,67 pts.
3.º) FC Barcelona – 1.228,10 pts.
4.º) Manchester United – 1.227,60 pts.
5.º) Juventus FC – 1.138,82 pts.
6.º) Arsenal – 1.135,49 pts.
7.º) FC Porto – 1.100,07 pts.
8.º) Internazionale FC 1908 – 1.080,52 pts.
9.º) PSV – 1.057,47 pts.
10.º) AC Milan – 1.039,34 pts.
(…)
33.º) Sporting CP – 740,73 pts.
(…)
35.º) SL Benfica – 717,00 pts.
(…)
55.º) Boavista FC – 587,70 pts.
Posto isto, vou ver se consigo deixar de falar de futebol nos próximos tempos, enquanto assisto ao enterro antecipado do meu clube pelos Media.
2 comentários:
Caro André:
Não será também a avaliação da riqueza desportiva dos clubes num intervalo de tempo compreendido entre 1997 e 2006, uma análise algo injusta? Nao terão os resultados, anteriores a essas datas, igual importância para a sua avaliação?
Victor Figueiredo.
Pois é verdade, Victor.
No entanto, suponho que elas não estão organizadas para abranger todos os anos de análise, que só começou em 1970. Quando tiver tempo empreenderei esse trabalho.
Todavia, só quis chamar a atenção para a falácia de se analisar uma empresa apenas pelo volume de negócios. Para mim especialista na área não me repugna a feitura da lista, repugna-me, isso sim, as conclusões surrealistas que dela se tiram, a roçar o engodo.
Abraço
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