Ser vergastador e passar a vergastado e o seu contrário, eis o triste ciclo da condição humana.
Mas se o vergastado nunca vergastou e, na sua fé angelical, aprumou sempre o seu corpinho para que a vergasta lhe faça amolgadura (mesmo quando existe a firme certeza de que nada pensou, fez, disse ou elidiu para merecer a embaraçosa punição), então meu caro e bonómico vergastado essa tua condição religiosa, atávica, de ocidental resignado fez de ti um pária de ti mesmo. Não mereces o ar que respiras.
Submeter-se – do Lat. submittere, v. refl.; aceitar o domínio de algo ou alguém; obedecer; entregar-se, subordinar-se, render-se.
Mas se o vergastado nunca vergastou e, na sua fé angelical, aprumou sempre o seu corpinho para que a vergasta lhe faça amolgadura (mesmo quando existe a firme certeza de que nada pensou, fez, disse ou elidiu para merecer a embaraçosa punição), então meu caro e bonómico vergastado essa tua condição religiosa, atávica, de ocidental resignado fez de ti um pária de ti mesmo. Não mereces o ar que respiras.
Submeter-se – do Lat. submittere, v. refl.; aceitar o domínio de algo ou alguém; obedecer; entregar-se, subordinar-se, render-se.
Poderá não ter nada que ver (depois se justificará):
«A sala fora arranjada com a cor da revolução – as paredes verde-pálido, os assentos estofados com um tecido verde-escuro, ainda cobertos com plástico de tal modo que, quando nos mexíamos, faziam o som de um peido, o que nos obrigava a mexermo-nos outra vez para provar que não nos tínhamos peidado.»
Hisham Matar, Em Terra de Homens. Porto: Civilização, 1.ª edição, Fevereiro de 2007, pág. 176 (tradução de Teresa Fernandes Swiatkiewicz; obra original: In the Country of Men, 2006).
PQP! Jamais!
«A sala fora arranjada com a cor da revolução – as paredes verde-pálido, os assentos estofados com um tecido verde-escuro, ainda cobertos com plástico de tal modo que, quando nos mexíamos, faziam o som de um peido, o que nos obrigava a mexermo-nos outra vez para provar que não nos tínhamos peidado.»
Hisham Matar, Em Terra de Homens. Porto: Civilização, 1.ª edição, Fevereiro de 2007, pág. 176 (tradução de Teresa Fernandes Swiatkiewicz; obra original: In the Country of Men, 2006).
PQP! Jamais!
(Na imagem: São Sebastião, Andrea Mantegna, circa 1480; tela; Museu do Louvre, Paris)
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