Ontem, após haver tomado a infeliz decisão de proceder a uma simples troca de artigos na Fnac de Santa Catarina – operação que no total durou cerca de três horas, com ida e volta –, constatei que nem todas a incidências dessa curta viagem foram aquilo que se poderá traduzir como simples desperdício. Os cerca de trinta minutos que a minha viatura permaneceu imóvel na fila para o parque de estacionamento da Praça dos Poveiros foram, em parte, aproveitados na elaboração de uma lista.
Lembrando-me do “Girassol” de André Breton, a que este chamou de poema automático e que mais tarde tratou de desconstruir com o propósito de tentar explicar a razão de ser das palavras ou frases empregadas, já que estas o inquietavam, propus-me elaborar uma lista automática de dez romances de dez autores diferentes que, de imediato e sem hipótese de remissão, brotassem do lugar da minha consciência onde se sublimam as minhas paixões literárias.
No meu caderno, que sempre me acompanha, surgiu a tal lista, que por mera infelicidade não posso aqui postar de acordo com a ordem de chegada dos títulos à ponta da esferográfica, devido à balbúrdia final da composição. Logo, segui um critério onomástico (pelo apelido) dos autores:
Lembrando-me do “Girassol” de André Breton, a que este chamou de poema automático e que mais tarde tratou de desconstruir com o propósito de tentar explicar a razão de ser das palavras ou frases empregadas, já que estas o inquietavam, propus-me elaborar uma lista automática de dez romances de dez autores diferentes que, de imediato e sem hipótese de remissão, brotassem do lugar da minha consciência onde se sublimam as minhas paixões literárias.
No meu caderno, que sempre me acompanha, surgiu a tal lista, que por mera infelicidade não posso aqui postar de acordo com a ordem de chegada dos títulos à ponta da esferográfica, devido à balbúrdia final da composição. Logo, segui um critério onomástico (pelo apelido) dos autores:
- Paul Auster – A Trilogia de Nova Iorque
- Samuel Beckett – Molloy
- Fiodor Dostoievski – O Jogador
- Umberto Eco – O Pêndulo de Foucault
- F. Scott Fitzgerald – O Grande Gatsby
- Aldous Huxley – Admirável Mundo Novo
- Kazuo Ishiguro – Nunca Me Deixes
- Malcolm Lowry – Debaixo do Vulcão
- Thomas Pynchon – V.
- Boris Vian – A Espuma dos Dias
Após a conclusão da lista, verifiquei que haveria lugar a algumas alterações de fundo, não só por alguns romances dos mesmos autores que nela figuram em detrimento de outros que objectivamente me agradaram mais, mas também de certos autores, que muito prezo, haverem ficado de fora.
No entanto, aquelas foram as regras…
6 comentários:
Sem dúvida o Fitzgerald, sem dúvida o Huxley, e acima de todos o Lowry, nesse que é um dos mais fabulosos romances jamais escritos.
Feliz Natal, André.
Um grande abraço Pedro e um feliz Natal para ti e para todos os teus.
já li quatro desta lista, um deles é um dos livros da minha Vida, com maiúscula que é para dar recorte de importância à sentença. não o identifico já mas aceito palpites.
Ora, da tua Vida...
Saíste-me cá um pynchoniano de 1.ª água. Acertei?
por acaso não, nunca tive o prazer de degustar uma obra do senhor, embora as referências que vi à sua última obra épica de mil páginas me tenham aberto o apetite. referia-me então à minha costela de hedonismo psicadélico, à espuma dos dias, pois então.
Excelente, Pedro!
Eu também, por mais anos que viva, jamais me esquecerei dessa maravilhosa pérola psicadélica do meu muito estimado Vian e das flores vianescas que alimentam a alma...
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