Merecido este prémio de carreira na ficção americana atribuído, na minha humilde opinião, ao melhor escritor da actualidade, Don DeLillo, curiosamente enquanto me vou deleitando com a leitura de As Aventuras de Augie March (The Adventures of Augie March), numa excelente edição da Quetzal, escrito em 1953 pelo excelso autor que deu o nome à distinção.
DeLillo, de ascendência italiana, nasceu no distrito do Bronx, na sua Nova Iorque, a 20 de Novembro de 1936: Submundo (Underworld, 1997; ed. port. Sextante), Ruído Branco (White Noise, 1985; ed. port. Presença / Sextante), Os Nomes (The Names, 1982; ed. port. Relógio D’Água), Mao II (1991; ed. port. Relógio D’Água), Libra (1988; ed. port. Presença) ou Cosmópolis (Cosmopolis, 2003; ed. port. Relógio D’Água) já mereciam esta distinção (romances ordenados de acordo com a minha preferência, deixando três de fora que já tive a oportunidade de ler, mas que conjugam mal com os acima referidos, pelo menor brilho – por ler, remanescem seis de um total de 16 romances já publicados pelo autor galardoado, os cinco primeiros da sua carreira, a que se junta o de Cleo Birdwell, não entrando em linha de conta com Point Omega, o seu último, publicado este ano e a ser editado nos próximos meses em Portugal).
Três dos quatro melhores romancistas norte-americanos contemporâneos vivos, seguindo as palavras proferidas num artigo de opinião de 2003 pelo erudito de Harvard, Harold Bloom (Philip Roth em 2007, Cormac McCarthy em 2009 e agora Don DeLillo), já receberam o prémio, neste momento fica em falta a sua atribuição a Thomas Pynchon, para se fazer o pleno dos “4 Grandes”, com o patrocínio do pai Bellow, o melhor deles todos.
Parabéns de um admirador portuense.