Claude Chabrol
(24 de Junho de 1930 – 12 de Setembro de 2010)
É o segundo a partir este ano, e do grupo de cinco, já só restam dois, os “jotas”: Jacques e Jean-Luc. Claude Chabrol morreu hoje na sua Paris natal.
Conjuntamente com François Truffaut (1932-1984), Eric Rohmer (1920-2010), Jean-Luc Godard (n. 1930) e Jacques Rivette (n. 1928), Chabrol foi um dos pais fundadores do denominado movimento do cinema francês da “Nouvelle Vague”, cuja semente provém da revista Cahiers du Cinéma, onde o quinteto, fomentado pelo seu fundador André Bazin, escrevia artigos de crítica, e cujas arte, visão e estética se materializariam em centenas de filmes que, a partir do final da década de 50 do século passado, marcaram em definitivo o rumo do cinema francês e europeu, com fortes repercussões do outro lado do Atlântico.
Deste grupo, Chabrol foi o seu elemento mais prolífico começando com o notável Um Vinho Difícil (Le beau Serge, 1958) e terminando com Bellamy (2009) – com promessas de estreia em Portugal nunca concretizadas.
Não escondo, e nunca escondi, a minha predilecção por Rohmer e por Chabrol, apesar de a reverência ao Mestre Godard ser unânime no mundo da intelectualidade, de a marca de originalidade ser normalmente atribuída a Rivette e das superioridades técnica e estética usualmente apontadas a Truffaut. Chabrol, para além do mais produtivo, era também o mais comercial – ou mainstream, como alguns gostam de chamar – de entre os cinco: o Hitchcock de Paris.
Muito poderia, aqui e agora, destacar do excelso parisiense que hoje partiu – embora nos tenha deixado altruisticamente a sua arte para ser contemplada –, são incontáveis os filmes que dele apreciei e reapreciei com deleite, mas irei apenas destacar o último original da sua filmografia que pude ver (o seu penúltimo), e por este ter sido quase negligenciado pela crítica: o excepcionalmente belo e desesperante A Rapariga Cortada em Dois (La fille coupée en deux, 2007) com a bela, sensual e lúbrica Ludivine Sagnier e o meu mui estimado François Berléand (onde já não apareceu a sua musa Isabelle Huppert):
Conjuntamente com François Truffaut (1932-1984), Eric Rohmer (1920-2010), Jean-Luc Godard (n. 1930) e Jacques Rivette (n. 1928), Chabrol foi um dos pais fundadores do denominado movimento do cinema francês da “Nouvelle Vague”, cuja semente provém da revista Cahiers du Cinéma, onde o quinteto, fomentado pelo seu fundador André Bazin, escrevia artigos de crítica, e cujas arte, visão e estética se materializariam em centenas de filmes que, a partir do final da década de 50 do século passado, marcaram em definitivo o rumo do cinema francês e europeu, com fortes repercussões do outro lado do Atlântico.
Deste grupo, Chabrol foi o seu elemento mais prolífico começando com o notável Um Vinho Difícil (Le beau Serge, 1958) e terminando com Bellamy (2009) – com promessas de estreia em Portugal nunca concretizadas.
Não escondo, e nunca escondi, a minha predilecção por Rohmer e por Chabrol, apesar de a reverência ao Mestre Godard ser unânime no mundo da intelectualidade, de a marca de originalidade ser normalmente atribuída a Rivette e das superioridades técnica e estética usualmente apontadas a Truffaut. Chabrol, para além do mais produtivo, era também o mais comercial – ou mainstream, como alguns gostam de chamar – de entre os cinco: o Hitchcock de Paris.
Muito poderia, aqui e agora, destacar do excelso parisiense que hoje partiu – embora nos tenha deixado altruisticamente a sua arte para ser contemplada –, são incontáveis os filmes que dele apreciei e reapreciei com deleite, mas irei apenas destacar o último original da sua filmografia que pude ver (o seu penúltimo), e por este ter sido quase negligenciado pela crítica: o excepcionalmente belo e desesperante A Rapariga Cortada em Dois (La fille coupée en deux, 2007) com a bela, sensual e lúbrica Ludivine Sagnier e o meu mui estimado François Berléand (onde já não apareceu a sua musa Isabelle Huppert):