quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Quem?

As Novas Oportunidades in motion nas ilhas britânicas. Howard Jacobson, escritor-humorista mancuniano, nascido em 1942, venceu o Booker Prize de 2010, com The Finkler Question. E o júri considerou o pré-septuagenário como sendo em parte depositário «da mais espirituosa, pungente e verdadeiramente perspicaz prosa humorística na língua inglesa» – por andavas tu no nosso país (e talvez no teu), seu folgazão? E a obra «foi descrita como “maravilhosa” e “irrepreensivelmente satisfatória” e como um romance “pleno de sentido de humor, chama, inteligência, sensibilidade e compreensão”».
A obra debruça-se (com equilíbrio assegurado) sobre «o amor, a perda e a amizade masculina, explorando o que significa ser judeu nos dias que correm.» Estranho, este argumento parece-me familiar… [notícia em português aqui.]
[E cá está o neo-Booker, em cima na fotografia; tradução mal-amanhada aqui da casa; uma brutal enxaqueca (não repassada por artes do oculto ao premiado, cf. imagem) que deliu qualquer hipótese para o humor e a dor até foi, de certa forma, inculcadora de algum desprezo por quem o possa possuir em barda por estas horas, cuja falta me levou ao, muito praticado por esse país fora, “copiar e colar” partes do texto disponível na página do prémio, e acrescente-se mais um motivo (ou dois?): é de tradição anunciar aqui o Booker e estou a borrifar-me para o vencedor e as suas cinquenta mil libras esterlinas – troca-as por euros, que a coisa parece imparável por estes dias – e o jantarzinho lacrimejante, quando McEwan e Amis ficaram de fora em ano de excelentes romances; vai uns graminhas infinitesimais de clonixina? De codeína? De hidrocodona? E deixem-se lá de trocadilhos lúbrico-farmacológicos, que isto é assunto sério. A enxaqueca, claro.]