Sou um indisciplinado por natureza que, todavia, se disciplina na desorganização. Como cultor do ócio, o verdadeiro tutano da vida, só trabalho sob pressão, como um experiente funâmbulo que se propõe a atravessar o Grand Canyon equilibrado na mais fina corda.
Um célebre jurista/economista norte-americano, Louis O. Kelso, publicou em 1958 um manifesto do capitalismo, no qual o professava como o melhor dos sistemas de organização económica e social, aquele que, sendo seguido, seria certamente o melhor indutor de felicidade na espécie humana.
A base da sua teoria está na maximização da produtividade total através da produtividade do capital, relegando para segundo plano a tão incensada produtividade laboral como factor crítico de sucesso. Segundo o autor, uma vida boa – diferente de boa vida – traduz-se pela maximização do binómio trabalho e ócio, onde a acumulação de riqueza para além da satisfação da procura individual por lazer é potencialmente geradora de infelicidade, não só para o acumulador desses excedentes que os desperdiça, como também para aqueles que por via dessa acumulação terão de se esforçar mais para poder subsistir e com isso aniquilar qualquer disponibilidade para a sua realização pessoal através dos tais momentos de ócio. Ao contrário das teorias económicas clássica, neoclássica e marxista, uma economia saudável seria aquela onde cada trabalhador seria simultaneamente proprietário na estrita medida das suas necessidades, reduzindo a intervenção do Estado ao mínimo indispensável, principalmente no que concerne à sua cada vez mais desajustada função de redistribuição da riqueza gerada nessa economia.
(continua num próximo texto, para assim o poder exorcizar de toda a linguagem eminentemente economicista que, decerto, estragaria o tema central… E, como disse noutras paragens por essa blogosfera, nauseia-me falar de trabalho num sítio que pretendo que funcione como uma catarse para o meu cinzento alter-ego.)
Um célebre jurista/economista norte-americano, Louis O. Kelso, publicou em 1958 um manifesto do capitalismo, no qual o professava como o melhor dos sistemas de organização económica e social, aquele que, sendo seguido, seria certamente o melhor indutor de felicidade na espécie humana.
A base da sua teoria está na maximização da produtividade total através da produtividade do capital, relegando para segundo plano a tão incensada produtividade laboral como factor crítico de sucesso. Segundo o autor, uma vida boa – diferente de boa vida – traduz-se pela maximização do binómio trabalho e ócio, onde a acumulação de riqueza para além da satisfação da procura individual por lazer é potencialmente geradora de infelicidade, não só para o acumulador desses excedentes que os desperdiça, como também para aqueles que por via dessa acumulação terão de se esforçar mais para poder subsistir e com isso aniquilar qualquer disponibilidade para a sua realização pessoal através dos tais momentos de ócio. Ao contrário das teorias económicas clássica, neoclássica e marxista, uma economia saudável seria aquela onde cada trabalhador seria simultaneamente proprietário na estrita medida das suas necessidades, reduzindo a intervenção do Estado ao mínimo indispensável, principalmente no que concerne à sua cada vez mais desajustada função de redistribuição da riqueza gerada nessa economia.
(continua num próximo texto, para assim o poder exorcizar de toda a linguagem eminentemente economicista que, decerto, estragaria o tema central… E, como disse noutras paragens por essa blogosfera, nauseia-me falar de trabalho num sítio que pretendo que funcione como uma catarse para o meu cinzento alter-ego.)
1 comentário:
Reprodução autorizada desse post aqui.
Enviar um comentário