Como seria de esperar, Tim Burton e os seus pares premeiam um filme nos domínios do fantástico, repleto de criaturas monstruosas, que toca o temas da transitoriedade da morte, fundamentada na transmigração das almas e na reencarnação:
Lung Boonmee Raluek Chat (título transliterado que, em tradução livre, significa Tio Bonmee, Aquele que Recorda as suas Vidas Passadas), do realizador tailandês Apichatpong Weerasethakul.
Do realizador apenas conheço o sofrível, pseudomístico, entediante e tenuemente homoerótico, Febre Tropical (Sud Pralad, 2004), tendo vencido o Prémio do Júri na edição de 2004 do festival francês.
Os críticos das páginas especializadas do indieWIRE e do Salon acertaram no vencedor tendo-o elegido como o melhor filme na competição oficial. No entanto a película originária da Tailândia está longe de ser consensual. Ouvido há coisa de 20 minutos no canal France 24, pela boca da crítica cinematográfica norte-americana Lisa Nesselson: “Como é que um filme em que existe uma cena de sexo entre uma mulher e um peixe-gato pode ganhar a Palma de Ouro?”
Eis o trailer, enquanto aguardamos (porventura em vão) pela sua distribuição em Portugal: