O Luís, através de uma pequena recriminação à sua Leitora – com quem já tive o prazer de falar –, deu-me a conhecer esta excelente versão de Susanna and The Magical Orchestra (melhor que a vozinha menineira da intérprete dos Nouvelle Vague) da canção mais popular dos efémeros eternos Joy Division, parte integrante do álbum, de 2006, Melody Mountain da cantora e grupo noruegueses:
A original para os mais esquecidos:
6 comentários:
Arrependo-me sempre de comentar nos blogues; no entanto, queria dizer que roubar - no que à literatura diz respeito - não me parece deletério (cf. http://melivre.blogspot.com/2007/03/plgio.html), nem sequer feio.
Há um ensaio de Borges: "A esfera de Pascal", em que ele anota as semelhanças entre 30 autores (não estou certo deste número), e chega a dizer que o pensamento humano é um conjunto limitado de metáforas; assim, "roubar" não seria um crime, mas uma consequência inevitável de ser humano e pensar.
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O ensaísmo (talvez toda literatura) consiste num hábil manejo da biblioteca pessoal.
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Deixo-lhe, ainda, o nome de sublimes "ladrões": Sterne, Eliot, Pound, Ted Hughes; há muitos mais, mas já me começo a arrepender disto.
Cumprimentos,
M.C. de Assis
O ensaio de Borges que refere é simplesmente genial. Aliás, suponho que foi escrito na década de 50, 10 anos após o marcante "A Biblioteca de Babel": A biblioteca é ilimitada e periódica, não há fim para os hexágonos, escadas e corredores - há, no entanto, uma repetição na desordem... na linha do que aqui disse.
A tal esfera "cujo centro está em toda parte e a circunferência em nenhuma", seria um autoplágio...
Não tem de ficar arrependido. De quê?
Cumprimentos,
André
coincidência: esta susanna e esta versão estiveram na linha há 1 ou 2 semanas atrás. acho esta uma versão sublime por pôr em evidência a letra que acho merecia uma tradução... não quer tentar?????
Mónica,
Seria profanar a memória do Ian... :) Estou a brincar, claro. Suponho que já deverá haver uma tradução por aí. Vou indagar.
há pelo menos uma, pavorosa, num site mais ou menos oficial que providencia as letras e as traduções. diz que o amor vai nos destroçar ou uma brasileirice do estilo... eu não me atrevo, mas acho que fazê-lo bem não será profanação alguma.
dilacerar-nos...
Caro André
vim só dizer
que gostei imenso da sua tradução
mais acima
de "Love will tear us apart".
:)
eu se fosse o sr. tirava a viola do saco outra vez.
(e já agora...há ainda uma outra versão muito antiga desta música...pelos Swans.)
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