Acusado por muitos de anti-semitismo e de um desmedido fervor religioso Ortodoxo, ninguém lhe retira o mérito das suas denúncias de opressão de um regime totalitário e de haver escrito O Arquipélago de Gulag, o seu magnum opus. Escrita entre 1958 e 1968, a obra circulou clandestinamente pela União Soviética até ser publicada pela primeira vez no ocidente em 1973, pondo a nu a brutalidade e perversidade do regime comunista soviético entre 1918 e 1956, condenando milhões aos campos de trabalhos forçados designados pelo acrónimo Gulag (transliterado em Glavnoye Upravleniye Ispravitelno-trudovykh Lagerey – Administração dos Campos de Trabalho ou de Reeducação).
Aleksandr Solzhenitsyn
(Kislovodsk, 11 de Dezembro de 1918 – Moscovo, 3 de Agosto de 2008)
«Os provérbios acerca da verdade são muito apreciados em russo. Eles dão uma expressão firme e por vezes surpreendente da não negligenciável dura experiência nacional:
UMA PALAVRA DE VERDADE DEVE PREVALECER SOBRE O MUNDO INTEIRO.
E é aqui, num imaginário de fantasia, uma violação do princípio da conservação da massa e da energia, em que eu fundamento tanto a minha actividade, como o meu apelo a todos os escritores do mundo inteiro.»Aleksandr Solzhenitsyn, parte da habitual prelecção Nobel entregue à Academia Sueca, que não chegou a ocorrer devido a impedimento das autoridades soviéticas e por alguns pruridos da Academia em entregar o prémio na embaixada sueca em Moscovo.
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