terça-feira, 19 de setembro de 2006

Confissão reverencial

Não sei se existe uma expressão que sinonimize “um homem que gosta de textos escritos por outros homens, elevando-os à condição de símbolo textual”. Possivelmente poder-se-á traduzir pelo vocábulo, inventado para a ocasião, de homotextual – se bem que qualquer elucubração etimológica de suporte seria facilmente desmontada, uma vez que o significante assim grafado corresponderia a uma atracção indómita de um texto por textos do mesmo tipo.
No entanto, partindo do pressuposto de que aquela palavra existe e está correcta, apenas para efeitos poéticos, tal como a significação que lhe atribuí, o
Sérgio e o Pedro, entre outros macho-bloguistas que reverencio, fizeram de mim um homotextual, propriedade que, agora – quiçá tardiamente –, assumo perante a blogosfera num despudor excruciante.
(Qualquer dia o Pedro Vieira interpõe uma providência cautelar no Tribunal da Azinheira Cintilante para impedir que me aproxime dos seus voluptuosos textos e das suas excitantes e apelativas caixas de comentários, tal tem sido o assédio.)

Assumida a minha condição, ausente a providência, lidos os textos, aqui ficam as recomendações:

3 comentários:

Anónimo disse...

homem, nem sei o que te diga... deixas-me desconcertado com tamanha generosidade. e já agora usa e abusa do blogue e respectiva caixa de comentários, isso de providências e afins deixo para o novo procurador que tem de ter algo com que se entreter.
aquele abraço

Anónimo disse...

Homo, homem, tsc, tsc.. homo... bem, homem-textual? Tenho de começar a ter debaixo d'olho os textos que por aqui se publicam... muito suspeito...
(Temos um novo procurador?)

Anónimo disse...

Meus caros irreverentes e por mim reverenciados bloguistas (o que se há-de fazer, ando nos paradoxos…),

Pronto, confesso, sou viciado nos vossos textos e blogues.
Será assunto para um recurso urgente à prática psiquiátrica? Não creio, dada a paz de espírito que o prazer retirado dos vossos textos me desperta.
Um abraço deste agent provocateur :) para o Sérgio (é mais fino em francês) e deste assediador textual para o Pedro,
André