E no título deste texto figura o mote da sociedade que reúne
os críticos norte-americanos mais respeitados por esse mundo fora. E a Verdade,
segundo a National Society of Film Critics (NSFC), foi reposta ao eleger o fabuloso
filme do dinamarquês Lars von Trier, Melancolia (Melancholia, 2011), como o
Melhor Filme do Ano – o meu 3.º filme do ano, mas cujos quatro primeiros da lista poderiam perfeitamente trocar de posição entre si, a minha escolha da ordem
final foi quase aleatória dado o elevadíssimo encantamento cinéfilo que A
Árvore da Vida, Essential Killing – Matar para Viver, Melancolia e Uma
Separação exerceram sobre mim.
Eis a lista completa dos prémios, este ano renhidíssimos em algumas categorias incluídas pelos críticos da NSFC – prémios que são vulgarmente conhecidos como os
Anti-Óscares:
- Melhor Filme – Melancolia, de Lars von Trier (Melancholia, 2011).
- Melhor Realizador – Terrence Malick, por A Árvore da Vida (The Tree of Life, 2011).
- Melhor Argumento – Asghar Farhadi, por Uma Separação, realizado pelo próprio (Jodaeiye Nader az Simin, 2011).
- Melhor Actriz – Kirsten Dunst, pela sua interpretação em Melancolia.
- Melhor Actor – Brad Pitt, pelas suas (2) interpretações em A Árvore da Vida e em Moneyball – Jogada de Risco, de Bennett Miller (Moneyball, 2011).
- Melhor Actriz Secundária – Jessica Chastain pelas suas (3) interpretações em A Árvore da Vida; Take Shelter, de Jeff Nichols (2011); e As Serviçais, de Tate Taylor (The Help, 2011).
- Melhor Actor Secundário – Albert Brooks, pela sua interpretação em Drive – Risco Duplo, de Nicolas Winding Refn (Drive, 2011).
- Melhor Fotografia – Emanuel Lubezki, por A Árvore da Vida.
- Melhor Filme Estrangeiro – Uma Separação.
- Melhor Filme de Não-Ficção – A Gruta dos Sonhos Perdidos, de Werner Herzog (Cave of Forgotten Dreams, 2010).
Notas:
- Apesar de ter perdido o prémio de Melhor Filme por apenas 1 voto, o filme a Árvore da Vida foi o grande vencedor ao arrecadar 4 prémios de NSFC, seguido (em igualdade) por Melancolia e Uma Separação, com 2 prémios cada.
- O inacreditável cabotino Albert Brooks recebeu, e com uma distância considerável dos restantes contendentes, o prémio pela sua interpretação no purpurino Drive.
- Werner Herzog, desdenhado pela Academia de Hollywood na competição de documentários, para além do acima referido (que venceu a categoria), conseguiu um 3.º lugar com o documentário, ao que dizem extraordinário, sobre a pena de morte nos Estados Unidos, intitulado Into the Abyss (2011).