terça-feira, 28 de março de 2006

É linear, meu caro...

Eduardo Pitta manifestou aqui a sua estranheza pela utilização do termo Simplex, abusado pela tecnocracia dos boys governamentais para evocar as 333 medidas de desburocratização apresentadas ontem por Sócrates.
Ó Eduardo, para este Governo não há hermetismos, nem esoterismos! A premissa socrática é o exoterismo: o educador do povo. A vida dos contribuintes portugueses passará a ser optimizada através da solução básica admissível: ou aprendem de uma vez ou então estão fodidos! É a Investigação Operacional, caramba!
Questionado pela designação, JS explicou, com uma manifesta estranheza pela ignorância demonstada pelo povo e pelos jornalistas, que Simplex se tratava de um problema matemático. Ora, ironicamente, a matemática tem sido o grande enigma dos sucessivos Governos portugueses. Tudo começou com o mito dialogante de Guterres: «Hum, 6% de… hum, o PIB é de… 3 mil milhões!?... hum, 6x3 são 18… hum, façam as contas!».
Ponto de ordem: o Simplex é o algoritmo utilizado na Programação Linear que maximiza uma função matemática – função objectivo –, atendendo a um conjunto de restrições paras as variáveis, que podem ser apresentadas na forma de equação – forma padrão – ou na forma de inequação – forma canónica –, através de um processo de iterações até se encontrar a Solução Básica Óptima – este método é, por exemplo, utilizado para a optimização na aplicação dos recursos disponíveis de uma empresa.
Resumindo e concluindo, para um louro de carapinha preta ou para um preto de cabeleira loura – e outras disfunções – a solução passa pelo Restaurador Simplex! E dinheiro gasto assim, com pompa e circunstância, é sempre dinheiro bem gasto!
Agora, pôr essa tralha toda a funcionar…

Nota: Para resolução dos seus problemas quotidianos – do pêlo encravado ao delírio tremens – utilize
esta aplicação em linha.

PS – Nas próximas prelecções discutiremos o “Simplex: Primal ou Dual?

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