Estou de novo em 1992. Doces 20 anos.
Na Rádio Comercial, Pedro Costa dava lugar a Aníbal Cabrita para gozar umas merecidas férias. O programa ia apenas da três às quatro da tarde, antecedia o jurássico Rock em Stock de Luís Filipe Barros – os Def Leppard lideravam as listas de vendas com Adrenalize e o sucesso “Let’s Get Rocked”; a versão ao vivo de 1988 de “Run Like Hell”, com Gilmour e sem Waters, dos Pink Floyd ainda imperava.
O programa radiofónico era o 4.º Bairro.
De Inglaterra surgia, de forma fulgurante, um nome no apartado musical então denominado por House: Felix.
Segundo rezavam as crónicas, Felix era o pseudónimo de um tal de Francis Wright, um miúdo inglês de apenas 17 anos de idade, que num dia de inspiração pegou num sample “Don't You Want My Love”, pertença de um trio feminino norte-americano chamado Jomanda, e criou um trecho musical que se propagou, à velocidade da luz, por todas os clubes de dança à escala do globo. A pequena peça musical electrónica ficará para a História como um dos ícones da geração House dos anos 90:
Na Rádio Comercial, Pedro Costa dava lugar a Aníbal Cabrita para gozar umas merecidas férias. O programa ia apenas da três às quatro da tarde, antecedia o jurássico Rock em Stock de Luís Filipe Barros – os Def Leppard lideravam as listas de vendas com Adrenalize e o sucesso “Let’s Get Rocked”; a versão ao vivo de 1988 de “Run Like Hell”, com Gilmour e sem Waters, dos Pink Floyd ainda imperava.
O programa radiofónico era o 4.º Bairro.
De Inglaterra surgia, de forma fulgurante, um nome no apartado musical então denominado por House: Felix.
Segundo rezavam as crónicas, Felix era o pseudónimo de um tal de Francis Wright, um miúdo inglês de apenas 17 anos de idade, que num dia de inspiração pegou num sample “Don't You Want My Love”, pertença de um trio feminino norte-americano chamado Jomanda, e criou um trecho musical que se propagou, à velocidade da luz, por todas os clubes de dança à escala do globo. A pequena peça musical electrónica ficará para a História como um dos ícones da geração House dos anos 90:
Felix - Don't You Want Me (1992)
Nota: Felix, um estranho caso do Síndrome de Bartleby no campo musical, compôs apenas mais uma música. Chamava-se “It Will Make Me Crazy”, igualmente um sucesso de vendas, embora, segundo a minha mui particular escala de apreciação, se situasse umas léguas abaixo da primeira.
4 comentários:
é curioso porque, ao contrário da restante música, pela qual sempre tive um interesse muito filantrópico, nunca soube nada (autores, bandas, histórias) sobre as músicas da noite. como se fossem um capítulo distinto, uma coisa que não fosse exactamente música - grande injustiça. o resultado é que perdi toda a banda sonora dessa fase da minha vida. agora venho aqui encontrá-la.
Muita gente me diz o mesmo. Mas, naquela altura, recorria muitas vezes à falecida Bimotor, na R. do Bonjardim, e ficava a par desses nomes todos, que muitas vezes apenas se distinguiam por 1 música...
Caro André: boas recordações essas, que me levam e volta para os anos de ouro do The Day After, aqui em Viseu, e da Via Latina em Coimbra, onde cursei. (Swing´s, Locomias e afins, porque não).
No início dos noventa arrancava também a terceira década da minha existência (embora seja mais velho 2 anos) muito marcada, em termos musicais, pela House Music onde surgiu aquele pequeno furacão da Rozalla - "Are you rady to fly", "Faith"; "Every body is free", etc..., e claro os Blackbox: "Everybody Everybody", etc...
Bons tempos esses, em que o esqueleto e os músculos ainda permitiam alguns movimentos audazes, impensáveis para quem está a um passo dos "entas"; com as suas vantagens à parte, claro.
Um abraço,
Victor
Curiosamente, meu caro Victor, anteontem numa festa de aniversário comentava com os meus amigos que não percebia onde ia arranjar tanta energia. Eram semanas seguidas a ir para a cama às 7 da manhã.
Bons tempos.
Um abraço
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