Reino Unido
(Irão (antiga Pérsia), 22 de Outubro de 1919; nacionalidade inglesa)
[actualizado às 20:18]
Quando neste texto dei início ao pequeno inquérito sobre a preferência dos leitores deste blogue para o vencedor do Nobel da Literatura deste ano, referi, nos critérios de escolha dos 11 nomes propostos para votação, que não se vislumbrava a iminência de uma eleição avermelhada por falta de matéria-prima: «Harold Pinter venceu em 2005 e com ele esgotou-se o stock de marxistas, descendentes do Pai García Márquez (1982) – com a mão a fugir para o bom gulag estalinista – que, nos últimos tempos, conveio laurear: Gordimer (1991), Dario Fo (1997), Saramago (1998) e Grass (1999).»
Errei em toda a linha, esqueci-me de Doris Lessing, ou melhor, dava-a como já na companhia do comrade Bernard Shaw, Sartre, Quasimodo ou Sholokhov, por exemplo.
A reacção de Harold Bloom à Associated Press:
«É o puro politicamente correcto. (…) Embora Lessing, no início da sua carreira, haja possuído algumas qualidades admiráveis, eu considero a sua obra nos últimos quinze anos como pouco legível… ficção científica de quarta categoria.» [tradução: AMC]
A reacção (esperada) do inefável camarada Saramago à Lusa:
«É uma pessoa preocupada com o mundo e com ideias claras (…) uma pessoa muito aberta, sem nenhuma pose ou vaidade. (…) Como é que tardaram tanto a dar-lhe o Nobel?»
Sr. Escritor,
Para cumprir a condição sine qua non para vencer o Nobel, seguir esta ligação. Obrigado.
7 comentários:
surpresa das surpresas, não!
nunca li nada dela...
Curioso.
E eu a pensar que se havia esgotado o stock marxista... nem me lembrei da avozinha Doris.
é para aprendermos a não brincar às apostas. para mim uma iluatre desconhecida
Oh não! Lá vai ele ao CI debater com o vendedor amiguinho as obras da Doris.
Não conheço a obra da senhora mas dou o benefício da dúvida.
O Alexandre Andrade, no seu http://umblogsobrekleist.blogspot.com/, tem um texto porreiro sobre a escolha.
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