Fazia eu a triagem do lixo que diariamente assalta a minha caixa de correio postal para o depositar no Ecoponto e eis que me surge esta imagem.
No início pensei tratar-se de uma daquelas congregações milagreiras que pedem orações pela salvação do mundo, pela cura dos aleijadinhos e dos acamados. Depois de abrir o panfleto li as seguintes palavras em letra de cor vermelha, tamanho 14:
«No ano em que se comemora o 90º Aniversário das Aparições de Fátima, Nossa Senhora chora...»
E no parágrafo seguinte, em destaque, fundo creme, em letra de cor preta, tamanho 10,5:
«...e Ela chora por milhares de inocentes que podem perder a vida antes mesmo de dar o primeiro gemido.»
Não li mais. Só sei que o dito desdobrável é da responsabilidade de um movimento denominado Campanha pela Vida e que me faltam as palavras para descrever esta desonestidade, no mínimo interpretativa, na pretensa descodificação da vontade de Virgem Maria relativamente a uma questão que, tanto de um lado, como do outro – do Não e do Sim –, me provoca náuseas pelo argumentário exibido: indecoroso, manipulador e descentrado da questão essencial.
Na Realidade, este país tresanda de tanta mediocridade e de pequenez medieval!
No início pensei tratar-se de uma daquelas congregações milagreiras que pedem orações pela salvação do mundo, pela cura dos aleijadinhos e dos acamados. Depois de abrir o panfleto li as seguintes palavras em letra de cor vermelha, tamanho 14:
«No ano em que se comemora o 90º Aniversário das Aparições de Fátima, Nossa Senhora chora...»
E no parágrafo seguinte, em destaque, fundo creme, em letra de cor preta, tamanho 10,5:
«...e Ela chora por milhares de inocentes que podem perder a vida antes mesmo de dar o primeiro gemido.»
Não li mais. Só sei que o dito desdobrável é da responsabilidade de um movimento denominado Campanha pela Vida e que me faltam as palavras para descrever esta desonestidade, no mínimo interpretativa, na pretensa descodificação da vontade de Virgem Maria relativamente a uma questão que, tanto de um lado, como do outro – do Não e do Sim –, me provoca náuseas pelo argumentário exibido: indecoroso, manipulador e descentrado da questão essencial.
Na Realidade, este país tresanda de tanta mediocridade e de pequenez medieval!
2 comentários:
Hear, hear
Em uso do nome da santa, lembrei-me logo do Europeu, com jogadores a fazerem-lhe promessas!
Depois disso, tudo é possível!
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